Guidance:“Cartaz mais internacional de sempre” com cinco estreias nacionais
A 14.ª edição do Guidance, apresentada esta terça-feira no Centro Cultural Vila Flor, “terá o cartaz mais internacional e sempre”, deu conta Rui Torrinha, reforçando assim o estatuto de “mais importante festival de dança contemporânea do país”, segundo vincou Paulo Lopes Silva.
Duas frases fortes da cerimónia de apresentação do festival de dança contemporânea de Guimarães, que decorrerá entre 06 e 15 de fevereiro com quase três dezenas de iniciativas em vários palcos, com passagens inclusive pelas escolas secundárias do concelho.
Com um foco sobre Espanha, sobre o Flamenco “o programa conta com três grandes obras de duas grandes trelas mundiais da dança”, apontou Rui Torrinha, num “festival que a partir de Guimarães, através da arte, se propõe a pensar o mundo”, mas também olhar “para Guimarães enquanto cidade com mais de cem nacionalidades”.
O diretor artístico d’A Oficina deu conta que estamos perante um “programa muito largo, com muitas camadas”, sendo que este ano também o Centro Internacional das Artes José de Guimarães (CIAJG) está associado ao festival, numa forma de “perceber que as artes performativas e as artes visuais dialogam”.
Neste múltiplo diálogo, Francisco Neves defendeu a necessidade de “pensar o Guidance para os públicos, para a comunidade e para o território”, daí o facto de o festival interagir com a as quatro escolas secundárias do concelho. “Teremos um ensaio aberto e convidados quatro escolas de dança”, frisou o responsável de Educação e Mediação Cultural d’A Oficina.
Uma ideia também sublinhada por Paulo Lopes Silva, que destacou a “afirmação” do festival pela forma como é pensado e projetado: “No Guidance há uma ideia clara daquilo que queremos do mundo a partir da arte, visão da sociedade e transformação da sociedade em que nos inserimos”, vincou.
“Não temos nenhum problema em dizer que estamos perante o mais importante festival de de dança contemporânea do país, um trabalho multidisciplinar, com uma programação desenhada com mais do que a preocupação de ter as cabeças de cartaz e as opções de catálogo que nos projetem para um festival o mais reconhecido possível, mas para algo que tem conteúdo, essência, um pensamento subjacente”, disse o presidente d’A Oficina e vereador da cultura da Câmara Municipal de Guimarães.
Com cinco estreias nacionais e nomes de relevo no mundo da dança, como Rocío Molina e Silvia Gribaudi, as vibrações da dança sentem-se no início de fevereiro num festival com “impacto que já não é só local e nacional, já é internacional”, com a “presença de uma série de pessoas a nível internacional que vêm para a cidade por causa do Guidance”, remata Rui Torrinha.