Conversas com Domingos Bragança, candidato pelo PS à Câmara Municipal
Relembram-se alguns episódios dos primeiros anos de adolescente, em Pinheiro, uma freguesia ainda mais periférica em meados da década de 60 do século passado, destacando a importância da família que, como salienta, “nunca passou mal, mas era modesta”. Definindo-se como um cidadão “fortemente republicano”, não renega todavia o facto de as origens da sua família, pela via materna, remontarem até ao século XVI, com D. Teodósio II, duque de Bragança.
Confessa uma espécie de necessidade de conversar porque, como realça, “faz-me imensa falta conversar com os amigos”. Leva-se a conversa num regresso ao passado convocando memórias da juventude, no início da década de 70 do século passado, repartindo-se entre Pinheiro, a freguesia de residência e a cidade de Guimarães, onde fazia os estudos secundários. Recorda-se a si mesmo como “um jovem rebelde e integrado no movimento geracional dessa década”, ainda que se apresse a ressalvar ter sido sempre “um bom aluno”.
Concluída a formação académica, inicia uma atividade profissional como economista, maioritariamente desempenhada como profissional liberal. Confessa-se um trabalhador muito empenhado, prolongando frequentemente, nesses anos, a jornada de trabalho até de madrugada. Justifica esse ritmo pelo que designa “a responsabilidade do compromisso”. Dos muitos dos empresários com quem trabalhou, recorda o sucesso de algumas dessas empresas, enumerando alguns dos mais significativos exemplos.
Consolidado o sucesso profissional, decide dedicar-se com mais empenho à intervenção política no concelho. Contudo, também reconhece que à partida seria “um improvável Presidente da Câmara”, atentas as circunstâncias que “não era da cidade. Vinha de Pinheiro, de uma família modesta”. Apesar destes potenciais constrangimentos, também reconhece que “há que cuidar dos meios porque os fins virão por si!”
Uma nova candidatura à Câmara Municipal de Guimarães vem na sequência do que define como uma necessidade de “continuar muitos projetos que estão em curso” a que se junta “a disponibilidade para fazer acontecer”.