Conversas com Mariana Silva, candidata da CDU à Câmara de Guimarães
Confessa-se uma adepta da “conversa” enquanto instrumento de troca de opiniões e de intervenção política, tendo em vista “perceber até que ponto as pessoas estão afetadas no seu dia-a-dia, na sua vida”. De igual modo procura compreender o olhar do outro “das gentes do norte, das gentes do centro e das gentes do sul e sendo um país tão pequeno como o nosso, conseguimos perceber que há preocupações distintas, que há visões distintas e que a felicidade devia tocar a todos, mas de maneira distinta, também.”
Recua até à infância para recordar o ambiente de convivência entre vizinhos da rua onde ainda hoje mora, as portas sempre abertas, um local vivo, diferente dos dias de hoje que define como sendo “uma rua vazia de vida”. Nesta ligação às origens, atribui uma enorme importância à família já que “foi esta estrutura familiar que me construiu naquilo que eu sou hoje.”
Do ensino secundário lembra com alguma saudade a passagem pela Escola da Veiga, num tempo marcado por um ambiente de grande camaradagem e de participação em algumas ações reivindicativas. Já da frequência da Escola Secundária Martins Sarmento não guarda memórias de intervenção ativa em movimentos associativos, referindo que o ambiente era muito diferente daquele que tinha vivido na escola anterior. Contudo, salienta a importância da participação nas Nicolinas, sobretudo no cortejo do Pinheiro, prática que ainda hoje mantém.
Seria, contudo, na Universidade do Minho que se verificou a adesão ao PEV, a convite de uma colega com quem partilhava a casa. Foi uma aproximação gradual, “apalpando o terreno e percebendo do que estávamos a falar”, mas que acabaria numa união que se mantém num projeto onde se reconhece, marcando crescentes responsabilidades a nível partidário e assumindo novos desafios, seja como deputada na Assembleia da República ou na presente candidatura à Câmara Municipal de Guimarães.