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Guimarães em Debate #100

Redação
Política \ sexta-feira, março 15, 2024
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Rescaldo das Eleições Legislativas

O painel analisa os resultados de domingo, a nível nacional e local, bem como as suas possíveis causas. O trio antecipa também a representação do concelho na futura Assembleia da República.

Os portugueses votaram no domingo – mais do que o habitual, face à abstenção de 33,8% – e elegeram a Aliança Democrática como a força política com mais deputados para a próxima legislatura na Assembleia da República (79), ganhando 260 mil votos e oito deputados face às Legislativas de 2022. O PS surge logo atrás, com 77 deputados, perdendo quase 500 mil votos e 40 deputados face ao anterior sufrágio, e o Chega consolidou-se no terceiro lugar, superando os 1,1 milhões de votos e quadruplicando o número de deputados; passaram de 12 para 48.

Militante do PSD, Carlos Caneja Amorim vincou que a Assembleia da República (AR) deixou de ter maioria de esquerda e vincou que a “política é irónica”, ao considerar que os socialistas perdem o Governo às mãos da votação do Chega, partido que, a seu ver, é uma “construção mediática” do PS, que assim pensava “governar durante várias décadas”. O interveniente considerou ainda que as Legislativas demonstraram que muito do voto em partidos de esquerda em eleições anteriores não era ideológico, mas sim de protesto.

Mariana Silva, que foi número quatro da lista da CDU pelo círculo eleitoral de Lisboa, recusou essa tese e disse que agora se deve aguardar pelas primeiras medidas de um Governo com “políticas de direita” e verificar se elas contemplam “um namorar de profissões” como as dos professores e polícias. Convencida de que, mais do que protesto, o voto no Chega expressou “desilusão e desencantamento com os restantes outros partidos”, a militante do PEV mostrou-se cética quanto à aposta do futuro governo em temas, a seu ver, estruturantes como a habitação ou a ferrovia.

Vítor Oliveira, militante do PS, atribuiu, por seu turno, a causa dos resultados ao cansaço dos portugueses para com “os dois partidos do arco da governação”, que “levaram as pessoas a ficar zangadas e fartas”, com “casos e casinhos, dinheiro nos gabinetes, dinheiro na Madeira de Albuquerque e afins”. Crítico para com a demora na contabilização dos votos da emigração, o interveniente analisou também os resultados locais.

O PS foi de novo a força mais votada em Guimarães, mas com menos 10.211 votos face às Legislativas de 2022. A AD cresceu ligeiramente e aproximou-se, com 31.236, número que poderia ter sido ainda mais expressivo, não fosse a confusão com a Alternativa Democrática Nacional, relatada por vários eleitores e presidentes da Junta de Freguesia. A seu ver, esta perda é um “sinal verde com tons muito amarelados” para os socialistas locais, traduzindo, a seu ver, algum desagrado com a governação municipal.

O Guimarães em Debate é um programa semanal do Jornal de Guimarães que vai para o ar todas as sextas-feiras, a partir das 18h00, nas suas várias plataformas digitais.

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