Guimarães em Debate #12
Em tempos marcados pela primeira reunião da Câmara Municipal de Guimarães e pelas negociações conduzidas pelo Governo com os parceiros à sua esquerda com vista à aprovação do Orçamento de Estado para 2022, esses dois temas estiveram em discussão no Guimarães em Debate.
Tiago Laranjeiro chamou a atenção para uma nova divisão de competências, realçando ainda para o que classificou como “a aposta de Domingos Bragança em novos protagonistas”, que na sua opinião poderá constituir uma “aposta de risco”. Além disso também salientou a saída do turismo do âmbito das atribuições da vereadora Sofia Ferreira e a sua integração na área de competências onde também se encontra a cultura, sob a responsabilidade do vereador Paulo Lopes Silva. Igualmente destacou a autonomização da habitação, passando a ser da responsabilidade da vereadora Adelina Pinto.
Sobre esta nova ordenação de competências, Capela Dias, que neste programa substituía Mariana Silva ocupada em Lisboa nas negociações relativas ao Orçamento de Estado, vê o resultado lógico da experiência entretanto adquirida por Domingos Bragança na governação da Câmara, “um homem muito mais experiente, caldeado por experiências que teve de enfrentar na gestão da Câmara”. Tomando a experiência que o próprio Capela Dias teve enquanto vereador camarário, frisou que o futuro se encarregará de validar ou não algumas destas opções porque “se aprende exercendo; entra-se a falar de política, mas na vereação aprende-se a praticar a política. Só exercendo. Não há conhecimentos adquiridos à partida.”
Francisco Teixeira, reconhecendo a pertinência dos comentários de Capela Dias, salienta sobretudo o que definiu como “uma novidade não claramente esclarecida”, referindo-se à atribuição das questões da habitação à vereadora Adelina Pinto. Lembrando a importância dessas problemáticas no dia-a-dia da população, defende uma ativa intervenção da Câmara, pelo que estará atento à atividade da referida vereadora, sendo sua convicção que estes assuntos continuarão centrais no debate político.
Na segunda parte do programa o painel teceu algumas considerações sobre as negociações tendentes à aprovação do Orçamento de Estado para 2022 e das eventuais repercussões que poderá ter nos tempos mais próximos.