Guimarães em Debate #18
Mariana Silva, no rescaldo das legislativas, estabeleceu um paralelo com as eleições autárquicas de 2017, quando o voto útil da esquerda no PS permitiu derrotar André Coelho Lima, para agora, esse mesmo voto útil dar a maioria a António Costa. Entende ainda que as sondagens acabaram por, decisivamente, condicionar os resultados eleitorais.
Tiago Laranjeiro lançou o debate para os 100 dias de governação de Domingos Bragança.
Francisco Teixeira, sob “fogo cruzado” por parte de Mariana Silva e Tiago Laranjeiro, defendeu que a vitória socialista se deveu “ao político António Costa e à inversão feita durante a campanha”. Entende que o BE perdeu a “novidade” e que a CDU “cristalizou” no tempo e não soube explicar o chumbo do orçamento. Não deixou de referir que no sistema eleitoral em vigor “por pouco se ganha ou perde uma maioria absoluta”.
Tiago Laranjeiro, curiosamente, concorda com Francisco Teixeira, ao atribuir o mérito da vitória socialista “à leitura magistral por parte de António Costa”, não deixando de lamentar que Guimarães só tenha três deputados na próxima legislatura. Não deixou de fazer a ponte com a governação socialista de Guimarães, “vamos ter governo e autarquia da mesma cor, a Câmara não vai ter desculpas”.
Mariana Silva lamentou ainda o facto de o parlamento ter perdido a única deputada ecologista.
A segunda parte do debate foi marcada pelas diferentes visões políticas. Os 100 dias de governação de Domingos Bragança trouxeram ao de cima as divisões entre os três residentes do programa. Ficam algumas frases: “Total ausência de novidades, em 100 dias de desilusão” (Tiago Laranjeiro); “Depois de um último mandato cheio de obras, este será um mandato de consolidação” (Francisco Teixeira) e “A mobilidade concelhia é um exemplo de uma desilusão evidente” (Mariana Silva).
Como sugestões finais deste “Guimarães em Debate”, Mariana Silva convidou toda a gente a assistir ao GUIdance, Francisco Teixeira salientou a inauguração do Teatro Jordão no próximo dia 12 e Tiago Laranjeiro convidou à leitura do livro “No Sonho Selvagem do Alquimista”, de Mariana Mortágua.