Guimarães em Debate #22
#22 - A última reunião da Câmara Municipal de Guimarães e o papel da oposição estiveram em discussão em mais uma edição de “Guimarães em debate”.
Analisando a importância do período antes da ordem de trabalhos, Francisco Teixeira considerou ser natural que esse seja um tempo de maior visibilidade e estimulante para a intervenção política. Contudo, analisando a intervenção da coligação “Juntos por Guimarães”, acha que tem vindo a produzir «pouca oposição».
Em sentido oposto foram as considerações de Eduardo Fernandes. Ainda que reconheça as dificuldades que a oposição enfrenta para desenvolver o seu trabalho, devido ao facto de não se tratar de políticos em dedicação exclusiva, refere que muitas das intervenções que produz, trazendo à atualidade assuntos esquecidos, têm como contraponto a apresentação de novos projetos da parte do Presidente da Câmara, como lembrou o caso do anunciado teleférico de ligação da cidade às Taipas.
No mesmo sentido foi a opinião de Paulo Peixoto que salientou o facto de a oposição ter ideias criativas, mas que enfrentava uma sistemática recusa do poder em ouvir essas ideias.
Ainda sobre este mesmo assunto, Esser Jorge preferiu produzir uma reflexão de âmbito mais geral questionando se, 48 anos após a instauração da democracia, não ser tempo de se construir um novo modelo de organização política para as autarquias.
A finalizar o programa, em tempo de outras reflexões, Esser Jorge referiu-se a uma obra do jornalista Carlos Fino que aborda as relações entre Portugal e o Brasil e o que classifica de “estranhamento”. Já Francisco Teixeira partilhou um trabalho escultórico de um artesão vimaranense já falecido, um Cristo “muito especial” porque não é um Cristo crucificado na tradição “ortodoxa” da Páscoa.
Com moderação de António Magalhães reúne-se semanalmente à sexta-feira o Guimarães em Debate que pode ser visto e ouvido nas redes sociais do Jornal de Guimarães, no Spotify, Apple Podcast e Google Podcast.