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Guimarães em Debate #4

Redação
Política \ sábado, junho 05, 2021
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A questão da comemoração do 24 de junho (no dia 23) e o alargamento do Centro Histórico à zona de Couros dominaram a quarta edição do Guimarães em Debate.

O debate arrancou com Mariana Silva a trazer para cima da mesa uma decisão comunicada por Domingos Bragança aos jornalistas de realizar a cerimónia solene em que são conferidas como condecorações honoríficas na véspera, dia 23. mostra que Marcelo Rebelo de Sousa “não quer dar importância ao 24 de junho ”.

Por seu turno, Francisco Teixeira entende que “não há desvalorização” - é sim, “um problema de agenda”. “A tentativa de fazer disto uma polémica é um pouco pueril”, reiterou. Tiago Laranjeiro fala de um paradigma: “Queremos dignificar o dia 24, elevando-o a feriado nacional, mas a sessão solene do dia 24 atraentemo-la noutro dia”.

Antes do segundo tema, trazido por Francisco Teixeira, um breve interlúdio para olhar para uma freguesia a norte do concelho: em Ponte, o presidente da junta de freguesia ofereceu, numa iniciativa em que esteve presente Domingos Bragança, um livro a várias crianças. Motivo para debate? É que no livro dois dos ilustrados são o presidente da Câmara de Guimarães e Sérgio Castro Rocha, presidente da Junta de Freguesia de Ponte. Os comentadores debruçaram-se sobre esta “questão nebulosa”.

No último terço do debate, o foco foi para Couros. Para Francisco Teixeira, este alargamento é basilar para o reconhecimento “da identidade de Guimarães”, uma “identidade operária decisiva no século XIX para construir a cidade”.

Mariana Silva e Tiago Laranjeiro elogiam o alargamento, mas acenam com alguns senãos. Para o social-democrata, o processo - que teve início em 2013 - “esteve parado muito tempo”; para Mariana Silva, uma “valorização” desta zona só é possível “com gente dentro”. “Pretendemos para aquela zona habitação a preços conquistados”, vincou.

Na reta final, nas habituais recomendações a colegas do painel, Tiago Larajeiro sugeriu a Francisco Teixeira “Submissão”, Michel Houellebecq, uma distopia e fábula política que fantasia “sobre a islamização da Europa”.

Francisco Teixeira trouxe aos companheiros de debate “a melhor revista portuguesa do momento”, a “Electra”, editada por António Guerreiro. “Uma revista de esquerda, pós-marxista”, assinalou.

Finalmente, Mariana Silva sugeriu um livro de um autor de Guimarães. “Um (Outro) Conto de Natal”, de Paulo César Gonçalves. Autor “de um sentido de humor muito próprio”, que está prestes a lançar uma nova obra.

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