A Cantarinha dos Namorados é produto tradicional certificado de Guimarães
A partir de agora as cantarinhas passam a ser aconpanhados por um selo que garante que cada peça é produzida respeitando um conjunto de técnicas e normas, respeitando um caderno de especificações e que se trata de uma cantarinha produzida por uma das artífices que acompanhou todo o processo de certificação. As artífices Bela Alves e Maria Fernanda Braga também estiveram presentes nesta ocasião
O processo de certificação teve início com a Elaboração do Caderno de Especificações da Cantarinha dos Namorados de Guimarães no decorrer do ano de 2021, sendo a A Oficina a entidade responsável por este processo. Posteriormente, foi requerida junto do IEFP, I.P., a apreciação e aprovação do respetivo caderno e a consequente inscrição desta produção tradicional no Registo Nacional de Produções Artesanais Tradicionais Certificadas, dando posteriormente origem, em maio de 2022, ao correspondente registo de indicação geográfica junto do Instituto Nacional da Propriedade Industrial.
Em Abril de 2022 foi constituída e realizada a primeira reunião da Comissão de Acompanhamento para a certificação da Cantarinha dos Namorados de Guimarães da qual integram a entidade promotora A Oficina, o CEARTE e o Organismo de Certificação. A A. Certifica em maio de 2022 procedeu à avaliação das produções das unidades produtivas artesanais candidatas à certificação, dando origem a um parecer positivo relativamente à atribuição da certificação das duas candidatas: A Oficina - Centro de Artes Mesteres Tradicionais de Guimarães, CIPRL e Maria Fernanda Braga.
Todo este processo culminou no dia 1 de Julho de 2022, altura em que foi realizada a cerimónia de certificação da Cantarinha dos Namorados de Guimarães que teve lugar na FIA (Feira Internacional de Artesanato) no espaço da A.Certifica.
A Cantarinha dos Namorados reproduz a forma de um cântaro de água, mas decorada com apontamentos em alto-relevo e polvilhados com pó de mica, cuja manufatura se mantém pelo menos desde o século XVI até aos dias de hoje. A peça destinava-se a guardar o dinheiro que a noiva conseguia poupar, com o intuito de comprar um cordão de ouro, que levaria ao altar. Outra versão da mesma memória refere que a “cantarinha” serviria para guardar as prendas em ouro ofertadas pelos pais da noiva.
