A Cozinha: Estrela Michelin continua a brilhar. Quer “um patamar diferente”
Numa das muitas ruas e vielas do Centro Histórico de Guimarães há um restaurante com um brilho diferente. A Cozinha, do Chef António Loureiro, reconquistou um lugar de destaque no mais famoso guia gastronómico do mundo, alcançando pelo quarto ano consecutivo a Estrela Michelin.
No Largo do Serralho há “experiências ao nível sensorial” num pequeno espaço intramuros. “Uma experiência abrangente em que num menu se percorre o país de lés a lés, de uma forma mais criativa”, segundo o Chef António Loureiro, em declarações ao Jornal de Guimarães.
Apesar de ser o quarto ano consecutivo com Estrela Michelin, continua a haver “o nervoso miudinho e alguma ansiedade”, mesmo estando a estratégia bem definida e sendo o feedback dos clientes positivo. “Todos os anos há um recomeçar, porque a estrela reconquista-se todos os anos”, defende.
Em Portugal há sete restaurantes com duas estrelas e 26 com uma. Um lote restrito, o que dá ainda mais ênfase a este galardão. No Minho A Cozinha é o único local com tamanha distinção gastronómica. Propriedade do ser humano que atrás do chef, a ambição não passa por ficar por aqui.
“Eu e a minha equipa temos a ambição de chegar mais além e fazer melhor todos os dias. Isso pode nos levar a atingir outros patamares. Ambição é essa, chegar a um patamar diferente”, reconhece o vimaranense que recebe diariamente na sua cozinha pessoas dos quatro cantos do mundo.
“Aprendiz de feiticeiro”, Chef António Loureiro, como o próprio reconhece, na medida em que “por tentativa erro vai inventando novas sensações” é da opinião que acrescentar Guimarães ao mapa gastronómico de maior nomeada é uma mais-valia.
“Guimarães não precisa de uma estrela para ser a cidade que é, no entanto em termos de visibilidade turística acho que acrescenta muito. A marca Michelin é uma marca muito forte, que chega a todo o mundo e coloca-nos na mira de todos os gourmands que existem. É uma mais-valia para a cidade ter um restaurante com estrela”, dá conta.