A Crise Académica de 1962, momento de resistência, é mostrada em Guimarães
A Universidade do Minho, através das bibliotecas associadas no Portal CAMINHO, assinala os 60 anos da Crise Académica de Coimbra com quatro exposições documentais até finais de abril, na Biblioteca Pública de Braga, na Biblioteca Geral da UMinho nos campi de Gualtar (Braga) e Azurém (Guimarães e na Sociedade Martins Sarmento (Guimarães).
As mostras têm entrada livre e, nos campi, o apoio da associação cultural Ephemera. A reconstituição dos acontecimentos pode ser observada em livros, recortes de imprensa, cartazes e outros objetos, a par de publicações recentes.
A Biblioteca Lúcio Craveiro da Silva promoveu também, a 22 de março, um debate online com a médica Isabel do Carmo, o professor universitário Rui Namorado, o arquiteto Alexandre Alves Costa e o bibliotecário Henrique Barreto Nunes.
A Crise Académica de 1962 foi um dos principais movimentos estudantis contra o Estado Novo, com o governo a responder às várias ações de forma violenta (cargas policiais, prisões, censura), e esteve na origem das comemorações do "Dia do Estudante" a 24 de março. O académico António Sampaio da Nóvoa considerou que o salazarismo “perdeu definitivamente as elites estudantis” com a geração de 1962, que se foi renovando e passando o testemunho através das lutas académicas de 1965, 1969, 1972 e às portas da Revolução de Abril.