Um mapa que mostra como podemos percorrer Guimarães a pé: é o Metrominuto
O trajeto entre o Multiusos e a estação de comboios demora 14 minutos a percorrer a pé. E se depois quisermos dar um salto até ao recinta da feira é dar corda aos sapatos: mais 14 minutos de passeio. Estes e outros caminhos estão cartografados a partir de agora, com a materialização do projeto Metrominuto, um mapa com as distâncias entre vários locais de interesse da cidade e os tempos que se demora a percorrer, a pé, entre eles.
A apresentação decorreu esta quinta-feira em pleno Largo do Toural. E com muita gente nova presente. É que os alunos de escolas profissionais de Guimarães — da Cenatex, Cisave e Profitecla — estiveram envolvidos na cocriação do mapa que quer ser uma ferramenta para que, nos comportamentos diários, os vimaranenses (e não só) diminuam "o impacto do ruído" e contribuam para "melhorar a qualidade do ar pela via da ausência de trafego em contexto urbano".
É esse o grande foco do Metrominuto Guimarães: eliminar o tráfego excessivo de automóveis nas zonas centrais das cidades. E o trabalho desenvolvido em contexto de educação ambiental nas escolas foi importante, salientou o diretor-executivo do Laboratório da Paisagem, Carlos Ribeiro: "A partir de varias sessões nas escolas foi-se desenvolvendo o mapa ideal do Metrominuto, também a partir daquilo que são os percursos que [os alunos] fazem em contexto urbano".
Este novo instrumento de incentivo à mobilidade pedonal é inspirado pelo projeto lançado pela cidade galega de Pontevedra, em 2011. O “Metrominuto Guimarães” surge no âmbito do projeto Limp.Ar e, segundo Sofia Ferreira, quer "contribuir para a melhoria da qualidade do ar e de vida das nossas populações".
A vereadora com o pelouro do ambiente destacou que este projeto-piloto, embora focado inicialmente na área central - "de maior procura turistica", pontuou - tem a "ambição" de se alargar a outras latitudes e complementar percursos cicláveis e apoiar "as novas ecovias do Selho, Ave ou Vizela".
Carlos Ribeiro lembrou também o desenvolvimento da floresta urbana de Guimarães no desígnio de melhorar a qualidade do ar e diminuir o ruído. A criação do Metrominuto é outra "etapa" rumo ao principal foco dos projetos que têm sido desenvolvidos: a "sustentabilidade ambiental", frisou Sofia Ferreira.
Com Tiago Mendes Dias