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“A partir dos sub-15, gostaria que o futebol ficasse na nova academia”

Redação
Desporto \ segunda-feira, fevereiro 17, 2025
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António Miguel Cardoso realça que o processo está hoje mais bem encaminhado junto da Câmara, vinca fortalecimento da relação entre formação e equipa B e assume desejo de ver equipa feminina subir.

Convencido de que o objetivo de profissionalizar a estrutura do futebol foi totalmente cumprido, o candidato à reeleição sugere que o Vitória caminha para um paradigma em que jogadores de várias fornadas das camadas jovens possam chegar à equipa principal “em comunhão”. Disposto a contar com dois miniestádios na academia, António Miguel Cardoso projeta ainda o escalão sub-14 como divisória entre o presente e o futuro complexo de treinos. Enaltece ainda o trabalho de Pedro Meireles com a equipa feminina, que espera ver subir… para festejar com “um mortal para o relvado”.

 

Uma das promessas vertidas em 2022 era a de constituir uma estrutura profissionalizada para o futebol. Cumpriu-a?

Totalmente. É ir à procura do que era a academia há três anos e do que é agora. É fácil. É falar com os atletas que já estavam cá nessa altura e com toda a estrutura para se perceber quão profissional, com competência se tornou nestes últimos três anos.

 

A equipa B desceu ao Campeonato de Portugal e parece agora estar numa trajetória de recuperação. É um exemplo paradigmático da transformação feita no clube ou os recentes resultados devem-se sobretudo a uma escolha mais acertada do treinador, Gil Lameiras?

Quando entrámos, assumimos que não queríamos contratar jogadores para a equipa B sem perfil, apenas na perspetiva de rendimento. Assumimos claramente desde o primeiro ano que queríamos jogar com jovens atletas. O projeto foi assumido desde o início. Queríamos fornecer à equipa B atletas que ainda fossem juniores. Já aconteceu em alguns momentos. Queremos ver sempre a equipa B como uma porta de entrada na equipa A, mas sobretudo como porta de entrada de jogadores da academia. É difícil termos estes jovens atletas competirem com atletas mais velhos, noutros contextos, mas acreditamos que, desta forma, os jogadores podem crescer e evoluir até à equipa A. É lógico que não queríamos descer de divisão. É lógico que queremos subir à terceira divisão [Liga 3]. Mais do que isso, queremos abrir as portas à formação na equipa B. Lamento que tanto se tenha falado da equipa B nestes últimos três anos e, neste ano, parece que já ninguém fala. Muitas vezes, existe vontade de criticar, mas quando as coisas estão bem já ninguém diz nada. No ano passado, tivemos o Alberto a jogar a época toda na equipa B e aconteceu o que aconteceu. Neste ano, temos o Gonçalo Nogueira a jogar no Paços de Ferreira. É importante para o Vitória ter, entre a equipa B e a equipa A, clubes amigos em que os nossos jogadores se possam desenvolver. Neste ano, estamos a ver todas as fornadas chegarem à equipa B. Os sub-19 já estão a chegar à equipa B. Existirá um momento em que todos estes jogadores, em comunhão, estarão a chegar à equipa A. A partir daí, teremos um Vitória diferente e mais saudável. Estes são processos de longo prazo. O projeto do Vitória é identificar jovens e dar-lhes todo o processo para chegar à equipa A.

 

"Neste ano, temos o Gonçalo Nogueira a jogar no Paços de Ferreira. É importante para o Vitória ter, entre a equipa B e a equipa A, clubes amigos em que os nossos jogadores se possam desenvolver”

 

Nas equipas femininas, tem sido feita a mesma transição ou o processo está mais atrasado. A equipa principal volta a estar na luta pela subida…

É mais uma área para a qual podemos olhar e perceber como o futebol feminino cresceu no Vitória SC. O Pedro Meireles teve um trabalho no futebol de formação e no futebol feminino excelente. É um grande amigo que, só por motivos pessoais, deixa a direção. Continuará connosco, a reunir todas as semanas, mas teve de fazer uma paragem na sua vida, e bem. O futebol feminino é mais uma das áreas em que o Vitória cresceu, como todas as outras. Gostava muito, seja comigo, seja com o Luís Cirilo, que, no final deste ano, pudéssemos festejar a subida de divisão, não com um salto para a piscina, mas com um mortal para o relvado.

 

Gostaria de ver a equipa feminina estrear-se no Estádio D. Afonso Henriques?

É mais uma questão de gestão da relva. É uma área em que não me meto. Claro que gostávamos de subir de divisão e ter as atletas a jogar.

 

 

“Gostaria que, até aos sub-14, os trabalhos decorressem na atual academia. A partir dos sub-15, gostaria que o futebol ficasse na nova academia em que estamos a trabalhar, por forma a que exista mais recato, mais espaço, mais competência”

 

 

Isso será mais fácil com uma academia em melhores condições. O que foi feito nestes três anos e quais as principais intervenções que se seguem? Como gostava de ver a academia em 2028?

Na atual academia, ter um miniestádio de relva natural e um miniestádio de relva artificial para os jogos oficiais do Vitória: equipa B, juvenis, juniores em ambos os contextos. A equipa feminina exatamente igual; toda a competição da equipa B para baixo ser feita nesses dois miniestádios. Gostaria que, até aos sub-14, os trabalhos decorressem na atual academia. A partir dos sub-15, gostaria que o futebol ficasse na nova academia em que estamos a trabalhar, por forma a que exista mais recato, mais espaço, mais competência. Para o projeto do Vitória, era importante dividir bem as funções.

 

Como pensa dispor dos recursos financeiros para investir na atual e na nova academia?

Sendo nós um clube que apoia a comunidade e as famílias, precisamos do apoio da Câmara e da Federação [Portuguesa de Futebol]. A nossa visão é essa. Todo o trabalho está a ser feito para isso. Se será nos próximos três anos, quero acreditar que sim. Poderá ser nos próximos seis, mas queremos muito avançar.

 

Está definido que o espaço para a nova academia é na intersecção das freguesias de Brito, Ponte e Silvares?

Deixaria isso para a Câmara. Não sou político. Isso é para a Câmara.

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