Além de investigar, Ricardo Ribeiro divulga física em “linguagem acessível”
É possível entender (em parte) conceitos como o espaço-tempo, associado às teorias da relatividade de Albert Einstein, ou a mecânica quântica, ramos que revolucionaram a física no século XX, através de analogias ou exemplos do quotidiano que simplifiquem a miríade de símbolos formalmente utilizada para descrever os fenómenos.
Essa é, pelo menos, a convicção de Ricardo Mendes Ribeiro, físico de Guimarães vinculado ao Centro de Física, entidade que reúne as universidades do Minho e do Porto, e ainda ao Laboratório Ibérico Internacional de Nanotecnologia. Para aproximar a ciência da generalidade do público, o investigador escreveu dois livros de divulgação - “Física XXI” e “Introdução à Física Contemporânea” -, artigos diversos nos jornais, dispondo ainda de um site pessoal e de um programa designado “Comunicar Ciência”, emitido na Antena Minho, à terça-feira, com apresentação de Catarina Loureiro e Jorge Dinis Oliveira.
“Aceitei logo, mas é um desafio tremendo explicar ciência só com voz, porque tenho que cuidar do que vou dizer e como dizer, já que o cidadão comum desconhece muitos conceitos”, realça a propósito do programa também disponível em podcast, no qual participa desde abril.
Quando se trata de descrever a ciência que o ocupa, Ricardo Mendes Ribeiro compara-a ao trabalho de ginásio: “A física precisa de ser meditada, exige tempo e esforço, como ir ao ginásio, mas esse treino e método vai recompensar, pois alargamos horizontes. E é por isso que, entre os mais jovens, a empregabilidade de quem tem curso de Física ou de Engenharia Física supera os 95% e com salários elevados”, realça, citado por uma nota da Escola de Ciências da Universidade do Minho.
O cientista defende ainda que, por tocar domínios como a matemática, a química, a informática, os materiais e a eletrónica, a formação em física “permite trabalhar em empresas dos mais variados setores”.