Aroso pede apoio à bancada, mas o jogo desejado “não será sempre possível”
Depois de ter agradecido a Moreno, João Aroso lembrou uma frase proferida no domingo pelo ex-treinador do Vitória, após o triunfo sobre o Estrela da Amadora, no momento em que anunciou a saída, a dar conta de que “o Vitória é um clube especial, mas quando se consegue juntar a força de uma bancada com as vitórias”.
A partir dessa citação, o agora técnico principal – assumiu o cargo de forma provisória na segunda-feira -, pediu apoio aos adeptos que vão comparecer ao Estádio D. Afonso Henriques para o duelo com o Gil Vicente, marcado para as 15h30 de sábado. “Precisamos muito do apoio deles durante o jogo todo. Apelamos a que percebam que, nesta fase, não será sempre possível jogar o jogo que gostariam. Depois, avaliem no final. Durante o jogo, deem-nos o apoio como eles sabem dar”, realçou, na conferência de imprensa de antevisão.
Prestes a estrear-se à frente de uma equipa da Primeira Liga, o técnico de 50 anos assume que o Vitória está longe de atravessar “um momento fácil”, após a eliminação da Liga Conferência Europa face aos eslovenos do Celje e a saída de Moreno. “Há várias incidências que provocam abalo e impõem recuperação, sobretudo no aspeto mental”, admite.
Aroso reconhece que o plantel deixou a Amadora com a “sensação de que tinha perdido” o jogo, em vez de o ter vencido. Por isso, muito do trabalho realizado durante a semana teve em conta o aspeto mental. “Como acontece nas derrotas, as coisas foram evoluindo em termos anímicos. Sentimos o grupo preparado, unido e com muita vontade de fazer tudo para vencer o jogo”, acrescentou.
O técnico vincou que a ausência de Moreno foi a diferença numa equipa técnica que procurou manter uma forma de trabalhar em que “tudo era muito partilhado”, desde a preparação do treino e a preparação do jogo à avaliação. E perspetivou um Gil Vicente confiante, fruto da goleada de 5-0 ao Portimonense na ronda inaugural do campeonato, tentando apresentar as dinâmicas trabalhadas pelo vimaranense Vítor Campelos nas duas épocas anteriores, então ao serviço do Desportivo de Chaves, quer na “estrutura tática”, quer nas “dinâmicas ofensivas e defensivas”.
“Temos de perceber o que temos de fazer quando temos a bola, percebendo os espaços a explorar, e de perceber o que fazer quando não temos a bola, bloqueando aquilo em que o Gil Vicente é mais perigoso”, referiu.