Após um prelúdio com “grande adesão”, as Nicolinas estão aí
O largo onde se ergue “Monumento ao Nicolino”, escultura de José de Guimarães, acolheu um último ensaio dos bombos e das caixas na sexta-feira, ao cair da tarde, mas espera-se que os decibéis do ribombar das peles cheguem bem mais alto e mais longe pela noite de sábado e pela madrugada de domingo fora, quando o pinheiro recolhido no monte de Aldão for novamente erguido para contemplar a cidade. É o sinal inequívoco de que as Festas Nicolinas estão aí de novo, prontas a serem vividas e celebradas.
“Se esta noite do Pinheiro não bater recordes, estará muito perto disso. Todos os anos, estão dezenas de milhares de pessoas, mas neste ano poderemos chegar às centenas de milhar. Podemos ter cerca de 100 mil pessoas”, adiantou ao Jornal de Guimarães o presidente da Comissão das Festas Nicolinas de 2025, Nuno Figueiredo.
O cortejo onde milhares de bombos e caixas acompanham a junta de bois decorada com quadras populares e um pinheiro gigante marca o início oficial de uma celebração que já sentiu pelas artérias da cidade e em várias escolas e jardins de infância do concelho ao longo do mês de novembro. As Moinas, realizadas em todos os sábados de novembro, são o testemunho mais visível.
“Tivemos uma grande adesão nas moinas e nos ensaios oficiais. Cada vez há mais gente nos ensaios das escolas. Há grande adesão dos infantários. Nas moinas, havendo bom tempo, mais gente se junta a nós, ano após ano”, acrescenta o estudante do 12.º ano, na Escola Secundária Martins Sarmento.
Depois de ter sido 2.º Vogal da Comissão Nicolina de 2024, Nuno Figueiredo assumiu a presidência neste ano e deparou-se com os vários desafios de organizar a festividade que prossegue até 7 de dezembro, com as Posses, o Pregão, as Maçãzinhas, as Roubalheiras, as Danças, o Baile e as Novenas. Entre reuniões com nicolinos de outrora, o estudante contou com a ajuda dos Velhos Nicolinos nos vários preparativos para uma tradição que atrai cada vez mais pessoas, estudantes de hoje, estudantes de ontem e não só.
“Noto isso nos números em que não é tão fácil as pessoas irem. Mesmo as Novenas tem um número de pessoas que era impensável há uns anos. Começam às 7h00. O Pregão vai tendo cada vez mais pessoas. As Posses acabam mais tarde à noite, mas é um número cada vez mais participado. As Maçãzinhas poderão ter uma participação elevada, porque também são a um sábado”, perspetivou.
Comissão Nicolina de 2025, presidida por Nuno Figueiredo
