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Arquiteta vimaranense distinguida nos Prémios CONSTRUIR

Redação
Sociedade \ sexta-feira, outubro 17, 2025
© Direitos reservados
“Guimarães inspira-me pela sua escala humana, pela capacidade de se reinventar e pela forma como acolhe o encontro entre património e contemporaneidade”.

Professora universitária, investigadora e curadora, aos 40 anos, a arquiteta vimaranense, Andreia Garcia, viu o seu trabalho reconhecido na cerimónia dos Prémios CONSTRUIR, iniciativa promovida pelo jornal Construir e que reconhece anualmente empresas, profissionais e obras que se destacam durante o ano.

Na base deste galardão individual, o troféu Personalidade na área da Arquitetura, esteve o trabalho desenvolvido por Andreia Garcia na curadoria da exposição The Future is Now, no Pavilhão de Portugal na Expo de Osaka 2025.

Para Ricardo Batista, diretor do jornal Construir e representante do júri, “quando o Júri avaliou a forma como a exposição articulava o pavilhão com a ligação histórica de Portugal ao mar e com as questões contemporâneas de sustentabilidade, mais do que olhar para uma arquitecta que aos 40 anos propôs, pela curadoria uma das principais exposições patentes no espaço português, colocar Portugal num panorama de relevância entre as sociedades sustentáveis, olhou para a forma criativa, inovadora e inspiradora como uma jovem de valor…de muito valor…soube mostrar a capacidade da arquitectura portuguesa de levantar questões sociais, ambientais e abertas à experimentação. Em Osaka, por ocasião da Expo 2025, o pavilhão português evidenciava os conceitos de sustentabilidade e economia circular, em conformidade com as melhores práticas técnicas e ambientais e em muito terá contribuído a visão patenteada na exposição “The Future is Now”. Arquitecta, curadora, editora, investigadora e professora universitária, o seu percurso define-se por uma prática de Arquitectura que amplia o cruzamento disciplinar com áreas complementares, numa era marcada por fortes avanços tecnológicos e uma eminente crise ecológica.”

Por seu turno, Andreia Garcia, considera que esta distinção tem “o valor de um reconhecimento coletivo. A arquitetura é sempre um trabalho partilhado — com equipas, instituições, comunidades — e este prémio acaba por refletir uma prática que se constrói na escuta e na colaboração. Não é um ponto de chegada, mas um impulso que valida o caminho e renova a responsabilidade de continuar a pensar e a agir de forma consciente”.

Apesar de estar profissionalmente ligada à cidade do Porto, a arquiteta mantém forte ligação à cidade berço. “Nasci e cresci em Guimarães, cidade que moldou profundamente a forma como entendo e pratico arquitetura. Embora esteja profissionalmente sediada no Porto, metade da minha semana é vivida em Guimarães — uma escolha consciente, quase necessária, para manter uma ligação ativa e afetiva com este território. Aqui encontro o ritmo certo para pensar e trabalhar, mas também a possibilidade de revisitar as origens que sustentam o meu percurso. Foi nesta cidade que aprendi, com o plano de Fernando Távora e com as intervenções de tantas referências como o arquiteto Nuno Portas, a arquiteta Alexandra Gesta e a arquiteta Maria Manuel Oliveira, que a arquitetura é sempre um diálogo entre permanência e transformação. Guimarães inspira-me pela sua escala humana, pela capacidade de se reinventar e pela forma como acolhe o encontro entre património e contemporaneidade. É um território que me continua a ensinar sobre o tempo — o tempo da memória, da escuta e da continuidade. É aqui que encontro o equilíbrio entre o lugar de onde venho e o futuro que procuro construir”, referiu ao Jornal de Guimarães.

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