CIAJG acolhe disciplina do curso de Artes Visuais da Universidade do Minho
A ligação entre o Centro Internacional das Artes José de Guimarães (CIAJG) e a Licenciatura em Artes Visuais da Universidade do Minho (UMinho) vai-se estreitar ainda mais a partir deste mês; vinculado ao curso através do Triangular, projeto que envolve ainda o Centro para os Assuntos de Arte e Arquitectura (CAAA), o centro de artes será um lugar onde o ensino superior acontece.
Aquele museu recebe a unidade curricular de “Práticas Artísticas Contemporâneas” a partir de 13 de setembro, data de início do ano letivo 2023/24, anunciou a diretora artística do CIAJG, Marta Mestre, durante a conferência de imprensa relativa à programação da cooperativa A Oficina para o último quadrimestre de 2023. “Teremos uma unidade curricular da Licenciatura de Artes Visuais dada a partir do museu. Tem a ver com estruturar relações entre os alunos, que serão os futuros artistas, e o conhecimento do museu, aquilo que o museu pode oferecer como campo de experimentação que nos faça entender a diversidade da arte contemporânea e o seu arrojo, a sua audácia”, disse, enaltecendo as relações criadas pelo Triangular, projeto lançado em 2022.
A unidade de Práticas Artísticas Contemporâneas estará a cargo de Ângela Berlinde, investigadora e docente com doutoramento em Comunicação Visual pela Universidade do Minho com pesquisa nas comunidades indígenas do Brasil e pós-doutorada pela Escola de Belas Artes da Universidade do Rio de Janeiro em Fotografia Híbrida. A disciplina vai ser lecionada no primeiro semestre da licenciatura sediada no campus de Couros: Teatro Jordão e na Garagem Avenida.
Essa é uma das novidades do CIAJG para o último quadrimestre de 2023; outras são as apresentações das quatro propostas vencedoras da mais recente edição dos Laboratórios de Verão, iniciativa realizada em parceria com o gnration, de Braga: Bárbara Fonte, a dupla Lucas Carneiro e Manuel Costa, Cláudia Cibrão e Guache.
A inauguração das exposições está marcada para 30 de setembro, dia em que também é inaugurada “Cifra”, de Dayana Lucas, artista nascida na Venezuela que se mudou para a Ponta do Sol, na Madeira, e que é candidata ao prémio de desenho da Fundação Luso-Americana para o Desenvolvimento. “Traz-nos uma visão pouco convencional do que podemos entender como desenho. São sempre criações novas”, realça Marta Mestre.
Como tem sido norma na inauguração das exposições, o dia inclui programação ao ar livre na Plataforma das Artes, com a Chima Isaaro, DJ lisboeta que explora vários estilos musicais, do techno e do house ao soul e ao jazz. “Estamos à espera de um dia muito animado, com o museu e a cidade, criando relações com os públicos”, vincou a responsável.