Assembleia da República mantém Universidade das Nações Unidas em Guimarães
A Assembleia da República aprovou um acordo suplementar, apresentado pelo deputado vimaranense André Coelho Lima na Comissão de Negócios Estrangeiros, que permitirá a continuidade da Universidade das Nações Unidas em Guimarães.
Esta Unidade Operacional está a funcionar desde 2014 na zona de Couros, numa antiga fábrica de curtumes, sendo a primeira entidade da ONU em Portugal que não tem como base Lisboa.
De acordo com o governo, este “acordo foi um passo importante na prossecução do objetivo de posicionar Portugal na vanguarda da transformação dos mecanismos de governação e da capacitação eficaz da governação”.
O referido acordo prevê o financiamento de sensivelmente 4.7 milhões de euros, mais propriamente 5 milhões de dólares, para manter a atividade desta Unidade Operacional de Governação Eletrónica Orientada para Políticas da Universidade das Nações Unidas (UNU-eGOV).
“Importa salientar que o Acordo prevê que o Governo disponibilize e angarie um financiamento no valor de cinco milhões de dólares e que diligencie no sentido de angariar um montante adicional de um milhão de dólares em contribuições de capital destinadas à Unidade Operacional para o período acima referido”, pode ler-se na proposta de resolução.
A ambição desta unidade das nações unidas passa por tornar-se num instituto, com mais peso institucional, mas esse desiderato está ainda dependente do governo. Em abril de 2021, em entrevista ao Jornal de Guimarães, Delfina Soares – diretora da (UNU-eGOV) – refletia que eram precisas três condições.
Uma que estava “provada e mais que provada, a relevância desta unidade”, condições físicas, que estão também ultrapassadas com as instalações proporcionadas pelo município, sendo a terceira o interesse, ou não, do governo financiar a unidade.