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Auditoria aponta falta de sistematização na informação que o Vitória guarda

Redação
Desporto \ sábado, abril 01, 2023
© Direitos reservados
Apresentadas nesta sexta-feira, as principais conclusões do estudo conduzido pela empresa Baker Tilly apontam a falta de um arquivo digital e falta de relatórios, que podem ditar perda de informação.

A “informalidade” nas decisões tomadas na SAD do Vitória entre julho de 2018 e março de 2022 é uma das ideias mais vincadas pela auditoria às contas realizada pela empresa Baker Tilly, a pedido da administração liderada por António Miguel Cardoso. Apresentadas aos sócios nesta sexta-feira, as principais conclusões desse estudo assinalam a falta de um arquivo físico ou digital relativo aos “processos de compra de passes de jogadores e respetivas comissões” ou de “procedimentos escritos e formais” quanto aos gastos a repartir entre SAD e clube, à data da conclusão da auditoria detentor de 65,8% do capital da sociedade.

“Informalidade em muitas decisões: não obtivemos relatórios formais (ou memorandos, emails ou outra documentação formal) que sustentem e formalizem a tomada de decisão em processos de compra e venda de passes de jogadores”, lê-se num dos tópicos da apresentação do representante da Baker Tilly, Paulo André, agora disponível no sítio oficial do Vitória.

Entre as 11 transações de aquisição de passe de jogadores e as 10 de alienação – venda - de passes de jogadores entre 2018 e 2022, a empresa identificou “dois valores a pagar a agentes”, “vencidos e não pagos”, por “dificuldades da Vitória SAD”, e ressalva a falta de “um sumário executivo” que contemple variáveis como “o valor do passe e da comissão”, “os valores pagos e em dívida” ou “comentários relevantes” sobre o caso.

“Não identificámos um arquivo (físico e digital) sistematizado e organizado, onde esteja arquivada informação histórica dos contratos de compra e venda de jogadores. Esta situação potencia riscos de controlo e de confidencialidade de informação”, lê-se. A empresa realça, aliás, processos “manuais e pouco sistematizados”, circunstâncias que levam “eventuais erros ou falhas” a não serem “detetados atempadamente”.

A Baker Tilly sugere, por isso, a criação de “um novo modelo de arquivo” que “assegure uma melhor salvaguarda física da documentação e confidencialidade da informação”, ao invés de simplesmente estar guardada nos departamentos de contabilidade e jurídico.

Sem verificar qualquer anomalia no contrato entre o Vitória e a Apollo para a aquisição dos direitos televisivos do Vitória, com o Vitória a deixá-los como garantia, a empresa responsável pela auditoria sugeriu também “a definição inequívoca dos gastos e rendimentos a imputar a cada uma das entidades” na relação entre SAD e clube e ainda a criação de um manual de procedimentos internos para o scouting e de uma base de dados para “arquivar todos os relatórios de scouting elaborados” após ter examinado esse departamento.

Entre as principais conclusões quanto à prospeção de atletas, incluem-se a “ausência de sumário executivo com a atividade desenvolvida pelo departamento de scouting”, “relatórios de scouting muito simples/incompletos”, “relatórios de scouting essencialmente informais (não assinados)” e “jogadores adquiridos sem relatório de scouting”.

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