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Bairros Saudáveis: promover “cultura do cuidado” é objetivo do programa

Redação
Sociedade \ terça-feira, novembro 23, 2021
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Com quatro projetos no concelho financiados pelo programa estatal Bairros Saudáveis, Guimarães pretende promover “a cultura do cuidado da sua população”.
Guimarães quer promover “a cultura do cuidado da sua população” com os quatro projetos no concelho financiados pelo programa estatal Bairros Saudáveis, disse hoje a vereadora municipal para a ação social, Paula Oliveira.
Entre os 246 projetos financiados pelo programa criado pela resolução do Conselho de Ministros 52-A/2020, de 01 de julho, com uma dotação de 10 milhões de euros, 71 localizam-se no Norte e quatro no município de Guimarães, financiados em 175 mil euros para intervirem “em territórios onde há vulnerabilidade”, frisou a responsável.

“O programa nasceu de uma resolução que tem como objetivo promover a saúde e o desenvolvimento sustentável das comunidades onde estamos inseridos. É um projeto que promove a cultura do cuidado das nossas populações. Trabalhamos todos os dais para que as nossas populações sejam coesas e felizes nos seus projetos de vida”, realçou, na intervenção que antecedeu a explicação dos projetos.

A primeira iniciativa apresentada, “Distâncias Off”, tenciona combater a iliteracia digital e reduzir a exclusão social das pessoas mais velhas na freguesia de Creixomil, a mais populosa do concelho vimaranense, com 9.703 habitantes segundo os dados preliminares do Censos 2021, entre os quais 1.500 com mais de 65 anos e 230 deles a viverem sós.

Promovido pelo núcleo de Guimarães da Associação de Solidariedade Social dos Professores, o projeto visa a criação de um centro de inclusão digital na sede da Junta de Freguesia, lê-se na apresentação visível no sítio oficial do Programa Bairros Saudáveis. Já a iniciativa “CriativaMente” visa dar uma resposta para os problemas de “saúde mental” em quatro freguesias no oeste do concelho, através da recriação de peças de roupa usadas com a ajuda de técnicos de costura, de design de moda e da área psicossocial que pode estimular a economia circular e até criar três novos postos de trabalho, refere a nota publicada no sítio oficial.

O projeto “7 bairros capitais 7 bairro cultural” intervém em bairros da cidade que são propriedade da empresa municipal para a habitação, a CASFIG, através da “educação não formal para a arte”, com o intuito de se promover “a proximidade entre os habitantes”. Um dos coordenadores da iniciativa da associação Capivara Azul, Pedro Silva, explicou que as mudanças nos bairros podem-se estender no tempo, com a criação, por exemplo, de um núcleo do coletivo Outra Voz, coletivo dedicado à expressão vocal com origem na Capital Europeia da Cultura de 2012.

Já o “Palácio da Imaginação”, da cooperativa municipal de solidariedade social Fraterna, pretende estimular a “cocriação comunitária” no bairro da Emboladoura, um empreendimento pertencente ao Instituto da Habitação e Reabilitação Urbana (IHRU) que se encontra degradado. Também presentes na cerimónia, um dos coordenadores do Bairros Saudáveis, Aitor Varea Oro, defendeu que é preciso “dar as boas-vindas a tudo o que for diferente”, sendo necessário “avaliar” o trabalho feito “daqui a um ano”, enquanto o presidente da Câmara, Domingos Bragança, enalteceu o potencial das iniciativas para reforçarem o “sentido de pertença” das populações visadas aos lugares onde vivem.

Financiado pelo Plano de Recuperação e Resiliência em sete milhões de euros, pelo Fundo Ambiental em 2,1 milhões e pelo Ministério da Saúde em 900 mil euros, o Bairros Saudáveis vigora até dezembro de 2021, atribuindo um montante máximo de 50 mil euros a cada projeto.

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