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Banhos Velhos: marca que extravasa muros. Viram-se concertos em tratores

Bruno José Ferreira
Política \ segunda-feira, outubro 16, 2023
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Tem vindo a crescer de forma sustentada até esta 12.ª edição, “a melhor a todos os níveis”, segundo o diretor artístico, José Manuel Gomes.

Os Banhos Velhos, a programação cultural que anima os meses mais quentes do ano nas Taipas, parece estar a sentir os efeitos de rejuvenescimento das águas termais, tendo vindo a crescer de forma sustentada até esta 12.ª edição, “a melhor a todos os níveis”, segundo o diretor artístico, José Manuel Gomes.

“Tinha uma agenda boa, mas não a considerava a melhor entre todas as edições”, admite o programador cultural. A realidade é que, a nível de números, não há margem para grandes dúvidas: sensivelmente 20 mil pessoas terão passado pelos eventos do ciclo cultural que decorreu entre abril e setembro, aponta a organização. Uma perceção de crescimento que se vinha a notar, porque “o buzz estava a ser diferente dos outros anos, para melhor”, atira José Manuel Gomes, relembrando um mal-entendido que fez com que a programação fosse divulgada antes do tempo pela Agência Lusa. Foi algo que não correu bem, mas acabou até por ter um efeito positivo.

Um efeito que se sentiu no terreno com o concerto do dia 14 de julho, dos José Pinhal Post-Mortem Experience, em que passaram cerca de sete mil pessoas pelo Polidesportivo – local alternativo em virtude das condições meteorológicas – naquele que “foi o concerto com mais gente na história dos Banhos Velhos”. Ou o recinto do antigo balneário termal que “encheu completamente” para ver Surma, Noiserv e Mira Quebec. “Havia gente que já não conseguia ver e vimos três tratores do lado de fora com pessoas a verem o concerto”, recorda.

Indicadores aos quais se juntam o sentir o pulso à restauração da vila, e não só, que permitem assegurar que “a marca dos Banhos Velhos vai muito além da vila de Caldas das Taipas e do concelho de Guimarães”, sendo já uma referência a nível nacional. Em relação ao futuro, José Manuel Gomes não sabe, ainda, se continuará a programar o festival na próxima edição. Cessou recentemente o vínculo com a cooperativa municipal, abraçou um novo desafio profissional e o futuro é ainda incerto.

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