“Bem organizados”: o que Rui Borges espera para a visita ao Bessa
Ao lembrar-se do empate a um golo da primeira volta, no Estádio Comendador Joaquim de Almeida Freitas, Rui Borges frisa de imediato “o jogo competitivo, muito intenso, repartido” entre Moreirense e Boavista, numa fase em que a turma do Bessa estava no topo da tabela e os cónegos iniciavam um trajeto ascendente no rescaldo de um início de campeonato difícil. Passado cinco meses, o técnico dos cónegos espera novo jogo difícil, contra um adversário em situação bem mais difícil: os axadrezados do Porto ocupam o 12.º lugar da tabela, com 25 pontos, menos 14 do que os axadrezados de Guimarães, sextos.
“Quando olhamos para o Boavista, vemos uma equipa muito comprometida, com uma alma muito grande, à imagem do clube e dos seus adeptos. O grupo está comprometido para manter o Boavista na I Liga. Ainda está nesse grupo de equipas que pode entrar na luta pela permanência em termos matemáticos”, frisou, na antevisão ao duelo da 25.ª jornada da Liga Portugal Betclic, agendado para as 18h00 de sábado.
O técnico recusa olhar para a inconstância de resultados do Boavista como circunstância que vá influenciar o decurso do jogo e realçou que os seus jogadores têm de estar preparados para “uma equipa compacta, muito difícil de desbloquear”, com um onze repleto de individualidades capazes de fazerem a diferença, nomeadamente Bozeník, avançado que se destaca nos “timings de ataque à profundidade”, “intenso e perspicaz a atacar zonas de finalização”.
“Vamos encontrar uma equipa muito competitiva nos duelos e na parte física. Ou conseguimos igualar isso ou o jogo vai-se tornar mais difícil para nós. Vamos querer ser Moreirense, ser bem organizados, perante uma equipa forte no ataque à profundidade”, vincou.
O treinador de 42 anos é, neste momento, um homem agradado com a segunda volta do Moreirense – tem os mesmos 10 pontos que tinha pela mesma altura da primeira volta – e com o desempenho defensivo, espelhado no facto de ter sofrido em três dos sete encontros da segunda volta e com os 12 jogos sem golos sofridos, número mais elevado do campeonato em paridade com o Benfica.
A nível ofensivo, o Moreirense só marcou três golos desde a 18.ª jornada, algo que Rui Borges desvaloriza, por ver que todos eles ditaram triunfos e que a equipa cria ocasiões de golo.
“Tirando o Camacho [29 anos], mais experiente, a malta da frente é tudo miúdos ou jovens, com pouca experiência de I Liga. Há toda uma adaptação, e a dificuldade é muito maior. Ficava mais preocupado se não conseguíssemos criar situações de finalização. Por isto ou por aquilo, não estamos a ser capazes de finalizar. São aspetos técnicos que fazem parte do crescimento”, realçou.