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Berço recebe cidadãos sem-abrigo, que podem reagir aos “desvios” no caminho

Redação
Sociedade \ quarta-feira, dezembro 21, 2022
© Direitos reservados
Utentes do Portas Abertas receberam camisolas do clube, numa sessão decorrida em Ponte, e trocaram depois a bola com os atletas. Vereadora realça que esses cidadãos têm direito a reatar as suas vidas.

Mais de uma dezena de cidadãos sem-abrigo, acompanhados pelo projeto Portas Abertas, instalado na antiga escola EB1 de Chã da Bouça, na União de Freguesias de Atães e Rendufe, encontraram-se com o plantel do Berço no Parque de Jogos Dr. João Afonso de Almeida, em Ponte, e receberam camisolas alusivas ao projeto social ("Berço Social") do emblema do campeonato Pró-Nacional da Associação de Futebol de Braga.

No final, o grupo jogou futebol com o plantel treinado por Ricardo Martins, no sintético anexo ao relvado principal. Em representação do Berço, o diretor Marco Aurélio Martins sublinhou a condição de “cidadãos” daqueles utentes que têm a supervisão de um projeto que agrega a Câmara Municipal de Guimarães, a Cruz Vermelha, a Sol do Ave e o Lar de Santo António, instituição que sucedeu à Casa dos Pobres de Guimarães, instalado no Salgueiral.

“Não gosto do rótulo de sem-abrigo. São cidadãos que encontramos na cidade. E há pessoas que não gostam de vos olhar, mas ainda podem dar um contributo para a sociedade. No Berço, dizemos aos nossos jogadores que a maioria não poder viver do futebol, mas, ainda assim, pode dar um contributo à sociedade noutras áreas”, vincou.

Já a vereadora da Câmara Municipal para a ação social, Paula Oliveira, lembrou que “a vida é um caminho”, na qual cada um faz opções, e pediu aos utentes para acreditarem na sua reabilitação para a sociedade. “Por vezes, as opções que tomamos não são as melhores. Hoje fostes vós, amanhã posso ser eu. Tiveram um desvio no caminho”, realçou.

A responsável vincou que “ninguém que ser subsídio-dependente” e que também é necessário “tempo” para os cidadãos em causa estarem prontos para trabalhar. Assim que estejam, também contam com apoio para se apresentarem nas melhores condições possíveis para entrevistas de emprego.

Jorge Silva, uma das pessoas ligadas à iniciativa social, pediu aos cidadãos sem-abrigo para “não se sentirem frustrados”. “Não podemos não lutar, não podemos não acreditar. A forma como se luta determina se vamos ter sucesso ou não”.

A próxima iniciativa social do Berço é uma visita ao Lar de Santo António.

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