PCP denuncia despedimento coletivo na BeStitch e questiona Governo
A BeStitch avançou para um despedimento coletivo de 60 dos seus trabalhadores e evitou pagar os subsídios de férias aos mais de 200 trabalhadores vinculados à empresa têxtil, alega o PCP, num comunicado enviado às redações este sábado.
“De forma premeditada, a comunicação aos trabalhadores do despedimento coletivo e do não pagamento do subsídio de férias foi feita no passado dia 14 de Agosto, já em pleno gozo de férias dos mesmos. O despedimento coletivo atinge um total de 60 que ficam assim numa situação de grande incerteza quanto ao seu futuro”, lê-se na nota.
Os comunistas alegam que os trabalhadores da empresa sediada em Lordelo, com unidades em Pevidém e Gondar, “estão a atravessar uma situação muito difícil” e sugerem que a decisão da administração “pode ter como objetivo exclusivo reduzir custos e possivelmente facilitar operações que permitam ao mesmo proprietário manter a atividade liberto de compromissos com os seus trabalhadores e ainda beneficiar de apoios do erário público”.
Na sequência do caso, o partido representado por seis deputados na Assembleia da República, no âmbito da CDU, endereçou quatro perguntas ao Ministério da Presidência, ao Ministério da Economia e do Mar e ao Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social: qual a informação que o Governo tem acerca da situação da BeStitch, se a empresa tem alguma dívida ao Instituto da Segurança Social, que apoios públicos a BeStitch e outras empresas com os mesmos proprietários receberam nos últimos anos e que medidas pensa o Governo tomar para defender os postos de trabalho e os interesses dos trabalhadores.