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Bloco de Esquerda mantém lugar na AM. Luís Lisboa diz que é "essencial"

Pedro C. Esteves
Política \ segunda-feira, setembro 27, 2021
© Direitos reservados
Bloquistas estabilizaram o número de votos para a câmara. Sai da noite eleitoral como 5.ª força mais votada e mantém Sónia Ribeiro na Assembleia para trazer à tona "questões ambientais e de minorias".

O Bloco de Esquerda fecha a noite eleitoral “positiva” com a manutenção de Sónia Ribeiro na Assembleia Municipal (AM). Nas palavras do candidato à Câmara Municipal de Guimarães, Luís Lisboa, o facto de o partido concorrer a menos quatro freguesias em relação ao exercício autárquico de 2017 – e de manter o número de votos conseguidos há quatro anos –, permite fazer um balanço “extremamente positivo” das eleições.

“Ter a Sónia Ribeiro na AM é crucial para defendermos as nossas ideias e mostrar o nosso programa, que quer resolver os problemas, não os quer perpetuar”, considera o candidato do partido. Luís Lisboa indica ainda que a presença dos bloquistas no órgão deliberativo é “essencial” para o “vimaranense comum”.

A presença do Bloco de Esquerda na Assembleia Municipal é contínua desde 2005, tendo chegado a ter dois representantes em 2009. Com um resultado idêntico ao que obteve em 2017 – tanto na corrida a Santa Clara, como ao órgão deliberativo –, Luís Lisboa também atenta que houve “mais partidos a concorrer às eleições”. “Alguns diretamente com o Bloco”, assinala.

Essa maior repartição até nem feriu os bloquistas, que estabilizaram o número de votos em relação há quatro anos: 2320 alcançados em 2017 e 2256 agora. A perda de votos fez-se sentir mais na corrida à AM, onde o partido perdeu cerca de 600 votos.

Mas vai ser nessa casa que os bloquistas vão manter firme o propósito de trazer à tona “questões ambientais e de minorias” – “Só nós é que podemos defender e falar de direito próprio sobre estes temas”, pontua o candidato de 42 anos.

As autárquicas de 2021 também mostraram a ascensão do Chega a nível concelhio, que, nas primeiras eleições autárquicas a que concorre, sobe a 4.ª força política em termos de números de votos. Em jeito de análise, Luís Lisboa fala num “fenómeno” que tem varrido a Europa e que chega agora a Portugal e, mais concretamente, Guimarães. “É o efeito Ventura, que cavalga o voto do descontentamento e do ódio discriminatório”, reiterou. Para o bloquista, a voz do Bloco na Assembleia de Freguesia pode ser importante para contrariar essa voz que agora se levanta.

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