Bruno Fernandes: “É Incompreensível como André Coelho Lima foi tratado”
Bruno Fernandes, candidato à presidência da Câmara Municipal de Guimarães nas últimas eleições e atual vereador da oposição, tomou esta quinta-feira uma posição sobre os acontecimentos recentes no seio da comissão política de Guimarães do PSD, dizendo ser “incompreensível a forma como André Coelho Lima foi tratado”.
Após a reunião de câmara, o anterior líder dos sociais-democratas vimaranenses abordou pela primeira vez este tema, dizendo não compreender a decisão tomada em relação a André Coelho Lima. “Acho incompreensível que, quer a comissão política nacional quer a local do meu partido, não tenham aproveitado a disponibilidade de André Coelho Lima para continuar o excelente trabalho que tem desenvolvido na Assembleia da República”, começou por dizer.
Especificando no que ao panorama local diz respeito, Bruno Fernandes não compreende que após ser consultado, André Coelho Lima tivesse acabado por não ser incluído na lista como elegível para deputado.
“Acho também incompreensível como o companheiro André Coelho Lima foi tratado na sua própria secção. Foi aferida a sua disponibilidade, parecia-me consensual que essa disponibilidade representaria unanimidade; vi a decisão da comissão política e custa-me entender. Custa-me compreender que este trabalho extraordinário que o André tem tido não tenha esse reflexo em sede de comissão política. Aferida essa disponibilidade, acho que faria todo o sentido a sequência”, atirou.
Bruno Fernandes aumenta, desta forma, que o cenário de estabilidade que vinha a ser criado no partido esteja posto em causa. “Depois de se ter trabalhado uma plataforma de convergência, de estabilidade – no respeito pela diversidade de opiniões que existe naturalmente no PSD –, depois desse trabalho tudo se coloca em causa, essa plataforma de estabilidade por causa de uma decisão que para mim é incompreensível”, finalizou.
Recorde-se que que esta decisão da comissão concelhia, liderada por Ricardo Araújo, levantou já várias vozes a manifestar uma posição oposta, registando-se inclusive dimensões na estrutura partidária, como é o caso de Hugo Ribeiro.