Bruno Gaspar: “Às vezes, precisamos de ser chamados à terra”
O plantel do Vitória atravessa um “bom momento” fruto dos triunfos sobre Marítimo e Vizela, nas duas jornadas mais recentes do campeonato, mas não é o primeiro ao longo da época; uma fase como essa é fruto de um grupo com jogadores “muito trabalhadores”, com uma boa “fusão” entre si, que souberam reagir às palavras de Moreno no final da derrota com o Sporting, de 24 de Abril, a lamentar a postura de “meninos mimados” na segunda parte desse jogo.
“Às vezes, precisamos de ser chamados à terra. Foi o que o Moreno tentou fazer e conseguiu. O grupo reagiu muito bem”, vincou, na sequência do encontro com as crianças do Infantário Nuno Simões, em que participou também o médio Tiago Silva, o vice-presidente Nuno Leite e a mascote do clube, o Super Afonso.
O defesa de 30 anos reconheceu o “significado especial” de atingir a marca dos 100 jogos pelo Vitória frente ao Vizela e prometeu uma equipa a lutar para vencer no terreno do Rio Ave, domingo, numa fase do campeonato em que se decide o acesso às competições europeias; a três jornadas do fim, os comandados de Moreno ocupam o sexto lugar, com 47 pontos, menos um do que o quinto, Arouca.
“[A Europa] é sempre um objetivo do clube. O Vitória é um grande clube. Esse é sempre um objetivo e lutamos por esses patamares”, disse. “Nenhum jogo é fácil. O Rio Ave é uma das muitas boas equipas do nosso campeonato. Olhamos para este jogo como outro qualquer. Vamos querer ganhar e jogar bem”, frisou, a propósito de um duelo marcado para as 15h30, para o qual os adeptos vitorianos já esgotaram os bilhetes disponibilizados pelo emblema vila-condense.
Ciente de que as lesões desde o seu regresso ao Vitória, em meados da temporada 2021/22, “afetaram o seu percurso”, Bruno Gaspar diz-se agora “feliz”, “sem dores e sem lesões”, à espera de uma oportunidade e admite ter dado uma “boa resposta” na segunda parte da visita ao Boavista, na qual rubricou a assistência para o golo de André André, apesar da derrota por 2-1.
“Todos os jogadores trabalham para jogar. Tendo saltado do banco, foi uma boa resposta. Senti-me bem a jogar e a dar a resposta que dei. O jogo foi a imagem do meu trabalho diário”, lembrou.