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Cães de Pedra: impacte ambiental “reprovou”. Projeto “não está em causa”

Bruno José Ferreira
Sociedade \ segunda-feira, setembro 30, 2024
© Direitos reservados
Situação está pendente na CCDR-Norte e o estudo de impacte ambiental necessário por parte do promotor obriga a algumas afinações no projeto inicial, que prevê cerca de 600 novas habitações.

O estudo de impacte ambiental necessário para que se possa dar seguimento ao projeto da urbanização de Cães de Pedra “reprovou”, segundo ficou esta segunda-feira a saber-se na reunião de câmara. A informação foi dada por Domingos Bragança, quando questionado por Vânia Dias da Silva sobre a realidade deste loteamento.

“Guimarães precisa de habitações e todas as soluções têm falhado”, começou por dizer a vereadora da oposição, questionando especificamente por este empreendimento situado abaixo da estação de caminhos de ferro, junto às unidades hoteleiras aí existentes.

“O contrato foi feito, as vias foram feitas, o supermercado funciona e não vemos sequer a primeira pedra das habitações. O que é que se está a passar? O projeto estava pronto para iniciar de imediato. Ou a culpa é do promotor, que não teve capacidade para avançar, ou é da Câmara que está a falhar em alguma coisa”, disse.

Em resposta, Domingos Bragança referiu que “o problema da habitação não é só em Guimarães, mas sim em todo o país”. Sobre a situação do loteamento de Cães de Pedra, o presidente da Câmara Municipal de Guimarães explicou que em projetos “com uma área superior a 10 hectares e mais 500 fogos é necessário estudo de impacte ambiental, solicitado pelo promotor, que numa primeira fase teve problemas”.

“Reprovou”, disse já no final da reunião, garantindo ainda assim que “este loteamento não está em causa”, lembrando que há trâmites a seguir junto da Comissão de Coordenação de Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-Norte), até porque se trata de um empreendimento junto da área classificada pela UNESCO.

Apesar das explicações dadas no decorrer da reunião, Vânia Dias da Silva, frisou no final que “há qualquer coisa que não joga bem” neste processo. “Como é que se rasgam aquelas avenidas, o supermercado funciona e faz-se um contrato com a Fábrica do Arquinho e só agora de fala destes estudos?”, questionou a vereadora.

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