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Caldelas e Azurém as freguesias que mais ganham num concelho a perder gente

Tiago Mendes Dias
Sociedade \ quarta-feira, julho 28, 2021
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Os resultados preliminares dos Censos 2021 mostram que o número de habitantes de Guimarães é de 156.852, menos 0,8% face há uma década. População das Taipas cresceu 10% e a de Azurém quase 9%.

A tendência já era esperada segundo as estimativas populacionais de anos anteriores e confirmou-se, pelo menos de acordo com os resultados preliminares dos Censos 2021: Guimarães perdeu população. Estima-se que o mais populoso concelho do Vale do Ave tenha 156.852 habitantes, menos 0,8% face a 2011 (158.088).

O portal do recenseamento mostra que a perda se fez sentir mais no centro histórico – número de residentes caiu 3,6%, dos 8.137 para 7.847 -, no nordeste rural – Gonça perdeu 9,1% e a União de Arosa e Castelões 13,1% -, no oeste, principalmente na União de Airão Santa Maria, Airão São João e Vermil – queda de 3.657 para 3.214 (12,1%) –, em redor de Pevidém, com Gondar, São Martinho de Candoso e São Cristóvão de Selho a perderem perto de 10% da população, e ainda no sudoeste, com Lordelo a sobressair – a população da vila caiu de 4.287 para 3.977 habitantes. São Martinho de Sande também registou uma quebra de 11%.

Os resultados preliminares de Guimarães estão, no entanto, acima da estimativa do Instituto Nacional de Estatística (INE) para 2020, que fixava a população nos 151.621 habitantes.

Mesmo com o decréscimo populacional, o número de agregados familiares aumentou 7,2% - passou a haver 57.790 famílias -, bem como o número de alojamentos – há 69.728 fogos, após subida de 4,4% - e o número de edifícios – há 45.520, depois de um aumento de 3,0%.

 

População das Taipas cresce 10%

Há, porém, freguesias com tendências contrárias à quebra populacional. O caso mais evidente é o de Caldelas, que passou a ter 6.308 habitantes, após um crescimento de 10,2%. Em 2011, a vila termal tinha 5.723 residentes.

Os restantes casos de aumento populacional verificam-se ou em vilas ou nas freguesias em redor do centro histórico. Na área urbana da cidade, Azurém é a freguesia que mais cresceu – o número de habitantes subiu de 8.348 para 9.076 (8,7%). A sul, Urgezes cresceu quase 5%, para os 5.519 residentes, tal como a Costa, que passou a ter 5.401 moradores, após subida de 4,8%.

Já em Creixomil, a freguesia mais populosa do concelho, o número de habitantes aumentou menos de 1% - subiu para 9.703 -, com o cenário a repetir-se em Fermentões – população subiu de 5.707 para 5.731. Mesão Frio perdeu nove habitantes entre 2011 e 2021 – desceu 4.173 para 4.164.

Quanto às vilas, Pevidém registou uma subida de 3,5%, para os 5.927 habitantes, e Ponte uma mais ténue – 1,1%, para os 6.686 residentes. A população subiu ainda em Santa Eufémia de Prazins, na União de Freguesias de Santo Tirso de Prazins e Corvite e na União de Freguesias de São Lourenço de Sande e Balazar.

 

No quadrilátero, Braga cresce, Famalicão estagna e Barcelos perde

Quase todos os municípios em redor de Guimarães perderam gente, à exceção de Vizela, cuja população subiu 0,7%, de 23.736 para 23.903 habitantes, e de Braga, o concelho que mais cresceu no Norte; em crescimento desde o início do século XXI, o município tinha 181.494 habitantes em 2011 e passou a ter 193.333 neste ano, após uma subida de 6,5%.

Já Famalicão, o outro grande município do Vale do Ave, perdeu 0,2% da população, tendo agora 133.590 habitantes. Barcelos foi o município com a maior quebra demográfica do Quadrilátero: tem agora 116.777 residentes, após diminuição de 3%.

 

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