Câmara interveio em mais de 4.500 ninhos de vespa velutina desde 2018
Presente na Europa há 18 anos e em território português desde 2011, a vespa velutina é uma espécie invasora que tem merecido o combate das autoridades. No caso de Guimarães, o Serviço Municipal de Proteção Civil interveio em 4.573 ninhos entre 2018 e 2021, tendo sido este último a registar o pico anual: as 1.447 ações do ano passado corresponderam a uma subida de 51,7% face a 2020 (954 intervenções), realça o comunicado emitido nesta segunda-feira.
Já em 2018, as equipas da Câmara Municipal atuaram junto de 756 ninhos e, em 2019, junto de 1.416, recorrendo à técnica de incineração e de aplicação de inseticida.
De acordo com os dados disponibilizados pela Câmara Municipal por freguesia e união de freguesias, Ponte foi o território onde se deram mais intervenções nos últimos quatro anos – 193 -, seguido de perto por Lordelo, onde se registaram 192. O território banhado a norte pelo rio Ave teve o maior número de ninhos incinerados em 2020 (48) e em 2021 (71), ao passo que a vila no extremo sudoeste do concelho foi a que mais intervenções recebeu em 2019 (61), a par de São Torcato.
No primeiro ano desta recolha de dados, o território vizinho de Moreira de Cónegos contabilizou 38 ações contra a vespa dita asiática, o maior entre as freguesias vimaranenses. Moreira, com 165 ações, e São Torcato, com 168, encontram-se, aliás, entre as autarquias que registaram mais de 150 ninhos intervencionados entre 2018 e 2021. Esse lote inclui também Infantas (154), Azurém (153) e Caldelas (152).
No ano passado, o município passou a atuar com um “equipamento que permite realizar a inoculação de ninhos através de injeção direta de inseticida”, que possibilita “a exterminação de ninhos durante o período diurno” e contribui “para a aumento da capacidade de resposta dos serviços”, acrescenta o comunicado.
O Serviço Municipal de Proteção Civil promete ainda disponibilizar um formulário de comunicação de ninhos que ficará “acessível” através da aplicação Guimarães Cityfy, permitindo a “georreferenciação” e o “envio automático” da informação à “equipa que realiza a exterminação de ninhos”, lê-se ainda.