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Capital Verde Europeia. Guimarães apresenta candidatura em abril de 2023

Pedro C. Esteves
Ambiente \ segunda-feira, junho 06, 2022
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Depois do 5.º lugar em 2020, Guimarães faz mira a 2025 e volta a concorrer a Capital Verde Europeia. Saberá se foi escolhida na segunda metade de 2023.

Guimarães volta a a apresentar candidatura a Capital Verde Europeia em março ou abril de 2023 para alcançar o reconhecimento em 2025. Depois do quinto lugar entre 13 cidades europeias na primeira tentativa, em 2020 – Lisboa foi a escolhida -, a cidade berço saberá se conquista o título atribuído pela Comissão Europeia em outubro do próximo ano.

O caminho a percorrer foi elencado esta segunda-feira por Isabel Loureiro, Coordenadora Executiva da Estrutura de Missão da candidatura vimaranense. O município tem menos de um ano para apresentar indicadores que permitam verificar um melhor uso sustentável do solo, uma superior qualidade da água e uma mobilidade urbana mais sustentável, os indicadores em que apresentou piores resultados para 2020. A filtragem de candidaturas acontece em julho de 2023, altura em que serão conhecidos os finalistas.

Isabel Loureiro vincou que sairá vencedora a cidade “capaz de apresentar um modelo de desenvolvimento sustentável” que possa ser replicado noutras urbes – e Guimarães apresenta particularidades (como o território disperso, por exemplo).

Adelina Paula Pinto, que tem o pelouro da candidatura, realçou que a ambição agora é fazer "uma candidatura mais madura, mais enriquecedora". A vereadora salientou ainda que "não houve em momento nenhum alguma paragem" na corrida ao galardão, tendo sempre havido um trabalho de análise a projetos vencedores, como o de Grenoble, em 2022. 

O ambiente foi o tema da reunião descentralizada realizada no Laboratório da Paisagem, com a coligação Juntos por Guimarães a elogiar politicamente o mérito de Domingos Bragança em colocar na agenda temas ambientais aquando da primeira candidatura a Capital Verde Europeia. No entanto, "de lá para cá, a dinâmica na área de ambiente foi-se perdendo", advertiu Ricardo Araújo. 

A coligação disse-se, de resto, desapontada com a dinâmica da reunião de câmara -- a expetativa era que desse nota da "evolução dos indicadores" em que Guimarães ficou mal posicionada, pontuou Ricardo Araújo

"Sabemos que temos passivos ambientais, o desafio é resolvê-los"

O presidente da Câmara Municipal de Guimarães, Domingos Bragança, acenou com indicadores que fazem da cidade berço uma "referência do ponto de vista ambiental": a cidade ser, a par de Porto e Lisboa, a única que participa na missão da União Europeia (UE) para ecossistemas de inovação e com vista à neutralidade do ponto de vista climático até 2030; integrar a Rede de Municípios para as Alterações Climáticas, bem como a Rede Europeia de Cidades Circulares e a Eurocities.

"Temos feito trabalho com estruturas de investigação e educação", disse. O caminho para que Guimarães seja Capital Verde deve, prosseguiu, ter em conta as palavras de Isabel Loureiro: "Temos uma história, sabemos que temos passivos ambientais, mas o desafio é resolvê-los".

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