CDU. Habitação, mobilidade e ambiente valem voto contra orçamento de 2023
A CDU diz que o Orçamento e Plano de Atividades de Guimarães para 2023 "demonstra uma gestão incompetente, cansada, sem ambição e eleitoralista" e vai votar contra um documento com "muitos anúncios" na Assembleia Municipal. A coligação critica ainda a transferência de competências da administração central para a local. "Só com políticas nacionais", indica o partido, é que se assegura o acesso aos direitos políticos, económicos e sociais.
No cerne da discordância estão quatro áreas: Habitação, Mobilidade, Ambiente e as consequências da Transferência da administração central para a Administração Local na área da Educação e da Acção Social.
A coligação entende que "falta e vai continuar a faltar habitação a preços acessíveis e a construção de uma política de habitação municipal verdadeiramente social e equilibrada" e, nos transportes, não vê aposta "na criação de novos hábitos sustentáveis". "Visto que Guimarães continua na corrida a Capital Verde Europeia, a aposta nos transportes públicos coletivos acessíveis, eficientes, confortáveis e com horários regulares é essencial. E em Guimarães os transportes públicos não se podem resumir à nova concessão, é preciso exigir que seja devolvido o Alfa, para que nos seja devolvido mais um horário da ligação que já tivemos a Lisboa", diz o partido.
Na área ambiental, a coligação que junta comunistas e ecologistas nota que não há menção à despoluição dos rios e acena com "falta de grandes investimentos" e lembra "a velha questão" do alargamento do Centro de Recolha Oficial de Animais (CRO), "que surgiu orçamentado em 2018 em 340.000 euros e como por opção política se foi adiando a obra está agora orçamentado em 2.325.000". "É necessário a concretização da obra, os animais errantes e a forma como são acolhidos não podem continuar a ficar para segundo plano, mas a previsão da conclusão da obra é para 2027 o que demonstra bem que continuaremos sem solução deste problema".
Trata-se de um orçamento de "continuidade", critica o partido. "Que não serve Guimarães, que não resolve os problemas do concelho e dos vimaranenses. Continuará a ser o concelho dos baixos salários, do emprego instável, das receitas que já conhecemos e que não resultaram".