Domingos Bragança contra a gestão centralizada dos monumentos nacionais
O Paço dos Duques de Bragança e o Castelo são os espaços mais visitados de Guimarães, estando a sua gestão sob a alçada da Direção Regional de Cultura do Norte (DRCN), tal como a do Museu Alberto Sampaio. Apesar do ministro da Cultura, Pedro Adão e Silva, já ter dito que a prometida reorganização da Direção-Geral do Património Cultural (DGPC) apenas pretende “intensificar o processo de descentralização da cultura”, em declarações ao Porto Canal, circulam os rumores de que o Ministério da Cultura pretende colocar os monumentos nacionais e equipamentos culturais sob a tutela direta do Estado, algo de que o presidente da Câmara Municipal de Guimarães discorda.
Em declarações ao Jornal de Notícias (JN), publicadas esta terça-feira, Domingos Bragança vinca que esses espaços devem estar sob gestão municipal ou das Comissões de Coordenação do Desenvolvimento Regional, no caso de prevalecer um “funcionamento em rede”; essa posição está em linha com as dos autarcas de Braga, Lamego, Miranda do Douro e Bragança, também expressas ao JN.
Caso se confirme, a medida está longe de ser consensual dentro do próprio Governo, merecendo a oposição da ministra da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa. Já a presidente da Associação Portuguesa de Reabilitação Urbana e Proteção do Património, Alice Tavares, considera a centralização no Estado “um retrocesso completamente impensável”.