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Uma década depois da sala de convívio sénior, Barco tem centro social

Tiago Mendes Dias
Sociedade \ quarta-feira, novembro 29, 2023
© Direitos reservados
O terreno é a próxima prioridade, frisa José das Neves Machado, padre que dá o nome à instituição. Domingos Bragança realça que o futuro edifício deve ficar no centro cívico, na envolvente da igreja.

Criada em 08 de março de 2013, no âmbito do projeto Gerações em Movimento, a sala de convívio sénior é agora parte do Centro Social Padre José das Neves Machado. O auditório do Grupo Cultural e Recreativo de Barco encheu-se, no domingo à tarde, para ver a pessoa que dá o nome à nova valência social dizer que esse é o pormenor menos importante do que está para vir. “Foi uma surpresa quando, numa noite de inverno, o presidente da Junta de Freguesia bateu à minha porta, a perguntar se poderia dar o meu nome ao centro social. Não vejo razão para isso, mas é o que menos interessa”, proferiu José das Neves Machado.

O sacerdote católico vincou que é “preciso continuar a trabalhar para levantar o centro social”, uma associação sem fins lucrativos registada desde agosto de 2022, que procura equiparação a Instituição Particular de Solidariedade Social (IPSS) e é liderada por Luís Pereira, o também presidente da Junta de Freguesia de Barco. Nesse sentido, apontou o terreno para um novo edifício como o próximo passo a dar. Esse edifício deve albergar a sala de convívio, um centro de dia e um lar, se possível, para dar às pessoas mais velhas da freguesia a hipótese de “um fim de existência feliz”, mas também uma creche para as crianças. “É preciso um terreno. O resto virá depois”, resumiu.

Elogioso para com a abertura da Câmara Municipal de Guimarães face “tudo o que é social” e necessidades das várias freguesias, José das Neves Machado, de 87 anos, confessou que gostaria de ver a inauguração da primeira valência do futuro edifício. “Não sei se estarei cá para ver o novo edifício. Oxalá possamos fazer a festa de inauguração da primeira valência do edifício que depois albergará as outras valências”, disse. O auditório respondeu com uma salva de palmas e uma das pessoas que o compunha a perspetivar a inauguração para o 90.º aniversário do padre.

 

“O terreno deve ser envolvente à igreja”

De seguida, a finalizar o leque de intervenções, o presidente da Câmara defendeu que o terreno para o futuro edifício deve ser envolvente à igreja paroquial e ao centro cívico da freguesia, mas somente mediante acordo com os proprietários. “A Câmara não quer prejudicar ninguém e está disponível para comparticipar financeiramente. O terreno deve ser envolvente à igreja. Vamos a isso, presidente Luís Pereira [Junta de Freguesia de Barco]. É preciso a força da comunidade local, e eu sei que Barco tem essa força”, proferiu Domingos Bragança, envolto num cachecol da instituição, branco com letras azuis.

Ciente de que é um autarca com prazo de validade em setembro ou outubro de 2025, face à lei da limitação de mandatos – três -, Bragança gostaria de, até ao fim do mandato, ter prontas “as condições base” de uma instituição que faz uma homenagem justíssima a José das Neves Machado. “É uma atribuição justíssima. Conheço o padre José Machado há muito tempo. É inexcedível, com uma entrega e uma dedicação assinaláveis, daí a Câmara lhe ter atribuído a medalha de ouro municipal”, reiterou.

 

ATL para crianças e nova carrinha: os desejos do centro social

Ao tomar a palavra, o presidente da associação e da Junta de Freguesia de Barco enalteceu as diversas atividades concretizadas na sala de convívio, contígua à sede da Junta, e justificou a homenagem a José das Neves Machado.

“O Padre Machado tem uma vida de entrega aos outros. Além de ser natural desta terra, dinamizou o grupo de jovens, foi um apoiante incondicional dos movimentos, contribuiu para o desenvolvimento social, moral e religioso da paróquia e teve uma tremenda dedicação aos Bombeiros Voluntários das Caldas das Taipas, fazendo nós parte da área da corporação”, realçou Luís Pereira.

O autarca confessou ainda os desejos de abrir um ATL para crianças a partir dos 10 anos em janeiro próximo e de comprar uma carrinha para transporte de idosos e de crianças, sem esquecer o “sonho da creche”.

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