Clube Industrial de Pevidém faz 90 anos. Prioridade é “cativar gente nova”
A mira continua apontada ao futuro no dia em que o Clube Industrial de Pevidém assinala 90 anos de existência. Com mais de 200 sócios, a maioria deles atiradores, a instituição sediada no Paraíso, uma das áreas da vila industrial, reconhece que é preciso atrair gente nova para robustecer uma instituição com títulos nacionais e internacionais desde a década de 40, com José Marques Rodrigues, até à contemporaneidade, com Cidália Fernandes ou Alberto Lopes Júnior, passando por Eduardo Jordão, na década de 70.
“A dificuldade, muitas vezes, é cativar gente nova. Temos tentado isso. Ao irem ao padel, podem, por exemplo, gostar do tiro. Queremos Levar gente nova para lá e gente de fora de Pevidém”, diz ao Jornal de Guimarães o vice-presidente do clube, Abílio Adães.
O dirigente frisa que algumas das iniciativas realizadas nos últimos cinco anos – duas provas de vinhos, um sunset, a Feira da Caça, Tiro e Lazer de Guimarães e até exposições de pintura – têm procurado atrair outros públicos ao campo de tiro de Pevidém, uma instalação a funcionar desde 23 de maio de 1974, criada para render o antigo stand da Várzea. “Criámos uma biblioteca, sala de troféus, sala de apoio aos atiradores e a futuros atletas”, acrescenta o responsável do clube presidido por Manuel Melo. O dirigente também espera que a frequência do espaço para padel possa levar alguns dos seus utilizadores a experimentarem o tiro.
Ciente de que o Clube Industrial de Pevidém é visto como uma instituição elitista, por ser frequentado por pessoas com possibilidades económicas, o vice-presidente realça que o clube “carece de ajudas de empresários e de amigos” para realizar os investimentos necessários, quer nas máquinas para os cinco campos de tiro, quer nas instalações interiores.
Com um armeiro capaz de albergar 600 armas e uma oficina para reparação, o Clube Industrial de Pevidém está ainda a dar “apoio aos mais jovens” no que respeita à burocracia das licenças para estarem dentro da legalidade na hora de atirarem.
Com cinco campos preparados para treinos e competições, o campo de tiro de Pevidém desdobra-se pelas variantes de tiro aos pratos – fosso olímpico, compak sporting ou TRAP5 -, pelo tiro ao voo e pelo tiro às hélices numa área de 10 hectares. Cada campo tem um fosso com cerca de 15 máquinas que exigem conservação permanente. A manutenção das relvas é outro dos encargos.
Conferência e almoço para celebrar aniversário
O Clube Industrial de Pevidém celebra 90 anos nesta sexta-feira, mas assinala a efeméride no sábado, com uma uma eucaristia em honra dos sócios já falecidos, na Igreja de São Brás, em Pevidém, com uma conferência subordinada ao tema “Uma instituição de elite: O Clube Industrial de Pevidém”, proferida pelo historiador Lopes Cordeiro, docente da Universidade do Minho, no Salão Nobre da instituição, e com um almoço a finalizar a manhã.
Depois do almoço com os sócios e entidades convidadas, são homenageados os associados com mais de 50 anos de filiação. Mais tarde, pelas 17h00, decorrerá uma visita guiada às instalações da instituição.