skipToMain
ASSINAR
LOJA ONLINE
SIGA-NOS
Guimarães
10 agosto 2025
tempo
18˚C
Nuvens dispersas
Min: 17
Max: 19
20,376 km/h

Cientista da UMinho recebe apoio dos EUA para estudar sarcoidose

Sofia Rodrigues
Educação \ sexta-feira, agosto 08, 2025
© Direitos reservados
Agostinho Carvalho, investigador da UMinho, recebeu 450 mil dólares da Ann Theodore Foundation para liderar estudo inovador sobre a origem e os mecanismos da sarcoidose.

O investigador Agostinho Carvalho, da Universidade do Minho (UMinho), obteve um financiamento superior a 450 mil dólares (cerca de 390 mil euros) da Ann Theodore Foundation, nos Estados Unidos, para liderar um estudo de dois anos sobre os mecanismos da sarcoidose, uma doença inflamatória rara, ainda mal compreendida, que afeta até 40 em cada 100.000 pessoas por ano.

A investigação decorre no Instituto de Investigação em Ciências da Vida e Saúde (ICVS) da Escola de Medicina da UMinho, em articulação com o pneumologista Hélder Bastos e o consórcio FIBRALUNG, responsável pelo maior registo e biobanco nacional de doenças pulmonares intersticiais.

O projeto centra-se no papel dos macrófagos, células do sistema imunitário, e na sua resposta a agressões como bactérias ou partículas estranhas. “Através da combinação de modelos celulares, metodologias de ponta e amostras de doentes, pretendemos clarificar como estes mecanismos influenciam o início e a evolução clínica da sarcoidose”, explica Agostinho Carvalho.

Em particular, a equipa vai estudar a função de pequenas “bolsas” nos macrófagos, responsáveis por engolir e digerir partículas estranhas, para perceber se a sua dinâmica interfere na inflamação crónica associada à doença.

A sarcoidose manifesta-se com sintomas como fadiga persistente, tosse, febre, perda de peso e inchaço dos gânglios, afetando maioritariamente pessoas em idade ativa, o que agrava o seu impacto socioeconómico.

O apoio financeiro foi atribuído no âmbito da “Breakthrough Sarcoidosis Initiative”, promovida pela Ann Theodore Foundation em parceria com o Milken Institute, que desde 2021 apoia projetos inovadores de todo o mundo.

A escolha do projeto do ICVS reforça a visibilidade internacional da UMinho na área da ciência biomédica translacional, com destaque para a imunologia e as doenças inflamatórias crónicas.

Agostinho Carvalho, natural de Fafe, tem 45 anos e é vice-diretor do ICVS. Doutorado em Ciências da Saúde pela UMinho e pós-doutorado pela Universidade de Perugia, já publicou 150 artigos científicos, detém uma patente e foi distinguido com o Prémio Jon van Rood pela sua contribuição na imunogenética.

Podcast Jornal de Guimarães
Episódio mais recente: Guimarães em Debate #124