"Coelima não é caso isolado no setor", avisa a CDU
O deputado da CDU no Parlamento Europeu, João Pimenta Lopes, esteve, na passada quarta-feira, reunido com o Sindicato Têxtil do Minho e Trás-os-Montes e em contacto com trabalhadores da Coelima. “A reunião teve como objetivos a compreensão da situação atual do sector têxtil e recolher elementos úteis para a luta, em defesa desta classe de trabalhadores já sedimentada historicamente na nossa região”, indica a concelhia vimaranense dos comunistas.
A CDU reforça que a “Coelima não é um caso isolado do sector” e explica que, na troca de ideias entre deputado e trabalhadores, conversou-se sobre a situação da empresa em comparação com o período pré-pandemia. Nesta ação, os comunistas relatam que, da parte dos trabalhadores, havia a ideia de a empresa estar “bem estruturada”. Foram apontadas “grandes opacidades sobre a sua equipa de gestão, e das decisões estranhas que prejudicaram tanto os trabalhadores como a própria empresa”, lê-se na nota informativa publicada esta quinta-feira.
No decorrer do colóquio, João Pimenta Lopes também se inteirou da “laboração histórica” da Coelima, da “qual dependem centenas de famílias”.
Durante a reunião o Sindicato Têxtil do Minho e Trás-os-Montes, foi denunciada à CDU “a diminuição da contratação colectiva – que tem servido para precarizar os trabalhadores”. Os sindicalistas dizem que esta é uma das razões para “a aproximação do salário mínimo à média salarial”.
Esta jornada de luta decorreu no embalo para a manifestação nacional promovida pela CGTP-IN no Porto, dia 8 de maio. Sob o mote “Em defesa do emprego e dos direitos dos trabalhadores, contra a exploração – Não às imposições da União Europeia”, o partido promoveu ações um pouco por todo o distrito: João Pimenta Lopes esteve com a Associação Recreativa e Cultural de Santo Ovídio, em Fafe e na Camport, em Guimarães, e Sandra Pereira visitou a Cruz Vermelha de Braga e reuniu com a Associação de Moradores das Lameiras, em Vila Nova de Famalicão.