Coligação JpG pede duplicação da via férrea para o Porto. Bragança concorda
A coligação Juntos por Guimarães (JpG) crê que a duplicação da via férrea para o Porto é estratégica para a ligação de Guimarães ao futuro serviço de alta velocidade não depender da futura estação a construir em Braga, previsivelmente. “Para Guimarães, é fundamental a duplicação de via férrea na ligação ao Porto. Só essa duplicação da via permitirá uma acessibilidade rápida à estação de alta velocidade no Porto. É um erro que Guimarães esteja só dependente da ligação a Braga para ter acesso à alta velocidade”, disse o vereador Ricardo Araújo, após a reunião de Câmara de quinta-feira.
Para o presidente da Comissão Política Concelhia do PSD, “não faz sentido que as pessoas de Guimarães que queiram ir para Lisboa” tenham de fazer 50 minutos até Braga, para norte, por autocarro em via dedicada – bus rapid transit (BRT) -, conforme está previsto nos estudos realizados. A ligação à estação de Braga pode facilitar a deslocação para Vigo, mas quem se quiser deslocar para Lisboa vai privilegiar a estação de alta velocidade do Porto, prevê.
Ainda assim, o responsável vê ligação a Braga por BRT como fundamental, sobretudo para “resolver problemas de mobilidade intraconcelhia”, entre a cidade e as Taipas. “Naturalmente temos a ganhar com a integração da ligação de BRT com o sistema de Braga, mas Guimarães não pode abdicar de uma ligação rápida, segura, fiável e cómoda à estação de alta velocidade no Porto”, referiu.
O presidente da Câmara Municipal de Guimarães também defende a duplicação da via ferroviária existente, embora a solução já tenha “sido rejeitada” no passado, dos pontos de vista técnico e político. Lembra, contudo, que o projeto de ligação a Braga por BRT tem de avançar, até para abrir horizontes na mobilidade do concelho e do Quadrilátero Urbano.
“A ligação à alta velocidade beneficia a mobilidade dos passageiros no nosso concelho. O pior para Guimarães é essa hesitação, esse tergiversar. Interessa-nos a duplicação da via ferroviária existente, mas também abrir novos horizontes para a mobilidade, até para trabalhar o novo sistema de mobilidade urbana do Quadrilátero”, frisou, lembrando ainda o papel da polémica via do Avepark como circular às vilas de Ponte e de Caldas das Taipas.