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Com cinco dias e noite adentro: Carnaval de Pevidém expande-se em 2025

Redação
Cultura \ sexta-feira, janeiro 17, 2025
© Direitos reservados
Além dos tradicionais desfiles, evento organizado pela Sol no Miral aposta na animação noturna e na restauração junto ao coreto. Objetivo é afirmar evento como referência regional.

Habitat de carros alegóricos decorados e de múltiplos caretos a desfilar informalmente pelas principais ruas da vila industrial, o Carnaval de Pevidém apresenta-se em 2025 com cinco dias recheados de programação, com a animação noturna na Praça Francisco Inácio a constituir-se como a principal novidade – os espaços de restauração e o som dos DJ’s vai ocupar aquele espaço entre 28 de fevereiro e 04 de março.

Como é hábito, o desfile das crianças do Agrupamento de Escolas de Pevidém, na manhã de sexta-feira (28 de fevereiro), abre um programa que, logo nesse dia, abraça o “Dá baile & Dá ao dente”, nome que congrega toda a programação noturna na praça principal da vila entre sexta-feira e sábado. No sábado, às 15h00, a Sol no Miral propõe o Rally da Orelheira – um roteiro por restaurantes e tascas de Pevidém para experienciar esse prato típico da época –, e, à mesma hora de domingo, propõe o Rogar ao Entrudo.

Na segunda-feira, o Bou pra Feira, termo antigamente utilizado entre os habitantes aquando do Carnaval, inclui animação das 19h00 às 02h00 de terça-feira, com dois palcos: um junto ao coreto e outro na rua 25 de Abril. Por causa disso, o trânsito entre o entroncamento junto ao edifício da Junta de Freguesia e o posto dos CTT vai estar cortado entre as 12h00 de segunda-feira e as 06h00 de terça-feira.

O encerramento do Carnaval dá-se com o Enterro do Entrudo, às 21h30 de terça-feira, já depois do grande número do programa: o desfile de terça-feira à tarde, com carros alegóricos – algumas novidades são o carro Toy Story e o carro do vinho verde, entre figurantes habituais como o carro da vila de Pevidém – e inúmeros foliões.

Rui Fernandes é diretor artístico do Teatro Coelima, coletivo artístico integrado na associação Sol no Miral, e vinca que o Carnaval de Pevidém se distingue pela informalidade e pela disponibilidade da comunidade de Pevidém e de freguesias em redor para participar. “No ano passado, começámos com seis carros alegóricos e acabámos com 21. As pessoas prepararam carros em casa e vieram”, vinca, durante a apresentação decorrida nas antigas instalações da Ditel, oficina do Carnaval pevidense.

O responsável enalteceu ainda o trabalho da equipa do Teatro Coelima e de voluntários na preparação do Carnaval e o apoio financeiro das empresas locais e da comunidade, que suportam a maior parte do orçamento de 20 mil euros.

O presidente da Junta de Freguesia de São Jorge de Selho, António Ribeiro, afirmou que a autarquia apoia o evento com 1.250 euros e considerou que ele é cada vez mais uma referência, não só para Guimarães, mas também para freguesias de concelhos vizinhos, nomeadamente o de Vila Nova de Famalicão. “Sem o vosso esforço, seria impossível o Carnaval estar assim. Da experiência de trabalho que tenho, conheço muitas pessoas de freguesias de Famalicão que dizem vir para aqui no Carnaval. Esperemos que o dia do desfile esteja como hoje”, disse, numa alusão ao sol vespertino.

Já o vereador municipal para a cultura, Paulo Lopes Silva, afirmou que o apoio da Câmara nos últimos anos foi de 1.500 euros, mas reconheceu que isso pode mudar, até porque vê cada vez mais o Carnaval de Pevidém como o Carnaval de referência em Guimarães, assente na tradição portuguesa de viver a festividade. “A aposta no Carnaval de Pevidém tem sido constante. Não há outro com tanta história, legado e genuinidade. Está muito relacionado com a tradição portuguesa de viver essa altura do ano, em que as pessoas saem à rua com alegria, para se rirem umas das outras e de si mesmas”, vincou.

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