Com “corredor internacional aberto”, o Westway Lab ganha “outra dimensão”
A 11.ª edição do Westway Lab está agendada apenas para abril de 2024, mas já fervilha. O festival, que se apresenta como uma plataforma colaborativa, um laboratório vivo e orgânico, de experimentação e estímulo à criatividade tem já as calls abertas e o número de respostas tem superado as expetativas. Para já, são 50.
“Abrimos as candidaturas a semana passada e neste momento a reposta está a ser muito alta, quer para as residências artísticas quer para os showscases”, dá conta Rui Torrinha, diretor artístico d’A Oficina ao Jornal de Guimarães. Lembrando que “já tivemos anos com mais de mil bandas a concorrer em termos internacionais”, a antecipação da abertura das calls prende-se com a necessidade de ganhar tempo para dar resposta ao processo de seleção.
“Neste momento há um interesse muito grande e muitas candidaturas internacionais, o que evidencia que o festival, definitivamente, tem um corredor internacional aberto”, sublinha Rui Torrinha, acreditando que o Westway Lab pod subir patamares e crescer nos próximos anos.
Esse crescimento tem o cinema como caminho, ancorado no cineasta vimaranense Rodrigo Areias. “Estamos a trabalhar no sentido de o festival ganhar outra dimensão. Uma dessas dimensões é, no futuro, trabalhar não só a música, mas também o cinema, o filme. A ideia evolutiva do festival pode colocar no futuro, nas residências, não só músicos, mas também alguém que opere na área da imagem”, revela.
A ideia está ainda numa fase embrionária, mesmo no passado o festival tenha já contado com algumas experiências na área da imagem, como cineconcertos ou documentários no âmbito da música, e ainda está em equação o que poderá vir a acontecer em abril, mas Rui Torrinha define que “a ideia que temos para o futuro de Westway Lab é som e imagem”.
“Temos estado a conversar com o Rodrigo Areias e criámos uma cumplicidade enorme. Em várias conversas tenho perguntado porque é que Guimarães não tem um festival de cinema, e entendemos os dois que deveríamos trabalhar na evolução do Westway Lab incorporando a imagem”, atira o diretor artístico, complementando que “pode aparecer uma linha de criação para o cinema”.
Rui Torrinha e Rodrigo Areias estão a “trabalhar sobre os formatos que poderão vir a acontecer”, um trabalho desenvolvido em torno de “uma série de ideias”, sendo que, para já, o que é certo é que “alguma coisa nova vai acontecer”.
Tiago Dias, com Bruno José Ferreira