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Comunidade ucraniana em Guimarães celebra 31 anos de independência do país

Redação
Política \ terça-feira, agosto 23, 2022
© Direitos reservados
Meio ano depois da invasão a larga escala pela Federação Russa, os ucranianos de Guimarães celebram, nesta quarta-feira, a declaração proclamada a 24 de agosto de 1991 com poesia ou ginástica.

Os ucranianos residentes em Guimarães celebram, nesta quarta-feira, os 31 anos de independência do seu país natal. A Biblioteca Municipal Raul Brandão é o palco de uma série de iniciativas que se estende das 15h00 às 18h00, entre as quais o filme Amazing Ukraine, a audição do hino nacional, a recitação de um poema de Taras Shevchenko, Lily, pela artista Lyudmila Petrova, um número de hopak, dança popular ucraniana, um jogo – “Feliz Javelina” -, e ainda uma performance de ginástica, um projeto artístico que reúne Ucrânia e Portugal, bem como uma flash mob para terminar.

O aniversário da independência ucraniana assinala-se no dia em que se cumpre meio ano da invasão a larga escala pela Federação Russa, período em que já morreram milhares de soldados e de civis – a Organização das Nações Unidas (ONU) avançou até agora 5.500 civis, mas com o aviso de que os números reais são muito superiores. Nos últimos seis meses, a guerra, estima também a ONU, causou 12 milhões de refugiados.

Mais de três centenas deles foram acolhidos em Guimarães, em ações concertadas pela Câmara Municipal de Guimarães com a Rede de Solidariedade do concelho e várias empresas e instituições da região.

 

Golpe falhado em Moscovo precipita independência em Kiev

A 24 de agosto de 1991, o parlamento da então República Socialista Soviética (RSS) da Ucrânia (Verkhovna Rada) proclamou a independência face à União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS). “A Ucrânia deve ser declarado um estado independente e democrático a 24 de agosto de 1991. Após a declaração da sua independência, apenas a sua Constituição, leis, ordens do Governo e outros atos legislativos da república são válidos no território da Ucrânia”, lê-se.

O ato deu-se no rescaldo do falhado Golpe de Agosto em Moscovo. Uma fação de uma chamada linha mais dura do Partido Comunista da União Soviética (PCUS) opunha-se às reformas operadas sob a liderança de Mikhail Gorbachev e à perda de controlo do poder central sobre os vários estados do Leste da Europa, opondo-se à descentralização de poder pelas 15 RSS então programada.

A operação decorrida entre 19 e 22 de agosto falhou, precipitando a restauração da independência pela Estónia e pela Letónia, bem como a proclamação de independência pela Ucrânia. O ato formal da declaração de independência menciona precisamente o golpe.

“À luz do perigo mortal nas imediações da Ucrânia, em virtude do golpe de Estado na URSS, em 19 de agosto de 1991, continuando a tradição milenar de desenvolvimento do estado da Ucrânia, precedendo do direito de uma nação à autodeterminação, em concordância com a Carta das Nações Unidas e outras documentos de direito internacional, e implementando a Declaração do Estado Soberano da Ucrânia, o Verkhovna Rada da RSS da Ucrânia declara a Independência da Ucrânia e a criação do estado independente ucraniano”, refere o ato.

A declaração impôs ainda a realização de um referendo a 01 de dezembro de 1991 para confirmar a Declaração de Independência, que viria a merecer o voto favorável de 92% da população. O então líder da RSS da Ucrânia, Leonid Kravchuk, tornou-se o primeiro presidente do estado independente.

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