Concurso para 61 habitações abrange vilas. Oposição pede mais celeridade
A abertura do concurso para o terceiro lote de habitação no âmbito do programa estatal 1.º Direito e da Estratégia Local de Habitação foi aprovada na reunião do executivo municipal desta quinta-feira. O procedimento abrange 61 frações, tem um preço-base de 8,85 milhões de euros e abrange todas as vilas do concelho, revelou o presidente da Câmara Municipal de Guimarães durante a reunião. “Qualquer promotor pode apresentar terreno e respetiva construção, com a Câmara a adquirir a fração”, esclareceu Domingos Bragança.
A aprovação dos outros dois lotes, com 111 frações distribuídas pela área entre o cemitério municipal da Atouguia e a rua Oneca Mendes, em Creixomil, e a fronteira entre as freguesias de Azurém e de Fermentões, na área próxima dos bairros municipais de Mataduços e do Monte de São Pedro, acontecera em 09 de novembro, no âmbito do concurso das 172 habitações em três lotes da ELH, mediante um preço-base de 25 milhões de euros; o terceiro lote ficou então deserto.
Apesar de reconhecer que a Câmara parece agora preocupada com a questão da habitação, o vereador Ricardo Araújo, da coligação Juntos por Guimarães (JpG), lembrou que o município lançou o primeiro concurso para as habitações do 1.º Direito há dois anos e lamentou “a falta de celeridade” de um processo relativo a um tema na agenda nacional. “Os passos não estão a ser dados com a celeridade que deveriam estar a ser dados. Já deveríamos estar a ver soluções para a classe média e para os jovens”, disse.
O presidente da Comissão Política Concelhia do PSD lembrou que as propostas apresentadas pela coligação há um ano, que incluíam habitação pública nas vilas e apoios aos mais jovens e à classe média foram rejeitados em reunião de Câmara. Ricardo Araújo lamentou, aliás, que ainda estivessem a ser pedidas sugestões para esses setores na reunião do Conselho Local de Habitação, decorrida na segunda-feira.