
Concurso para pavilhão na Escola Básica de São Torcato fica deserto
O concurso para a obra de reabilitação e ampliação do pavilhão gimnodesportivo da Escola Básica de São Torcato ficou deserto, revela a agenda discutida e votada na reunião de Câmara desta segunda-feira. Nenhuma empresa decidiu concorrer a uma empreitada cujo valor base se aproximava dos 2,1 milhões de euros.
Apesar de ver a ausência de concorrentes como “estranho”, face aos “valores elevados” estabelecidos pela Câmara Municipal de Guimarães, Domingos Bragança afirma que a situação se repete noutras autarquias do país.
Vereador da coligação Juntos por Guimarães (JpG) e antigo presidente da Junta de Freguesia de São Torcato, entre 2005 e 2017, Bruno Fernandes vincou que os anos de Eleições Autárquicas “não são os melhores” para se lançar concursos, já que os vários municípios tendem a realizar mais obras, o que conduz à subida dos preços.
Domingos Bragança encontrou outra justificação para o sucedido, porém: o facto de os fundos do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) terem de ser aplicados até 2026. “É o PRR. Já perguntei aos governos o porquê da aceleração para aplicar até 2026, que obriga a inflacionar os preços. O que se passa com a Câmara de Guimarães passa-se com todas as Câmaras. O PRR deveria pugnar mais pela execução dos projetos do que pela fixação de prazos”, considera.
O autarca reconhece então que vai ser preciso lançar um concurso com um valor base mais alto e esperar que a concorrência entre empresas o diminua, eventualmente ao ponto de ser inferior aos 2,1 milhões de euros definidos para o concurso inaugural.
A requalificação do edifício principal da Escola Básica de São Torcato está em curso desde 03 de abril de 2024, depois de adjudicada a obra à empresa NVE, por 5,3 milhões de euros mais IVA.