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JpG vê no CRO problema que Câmara “empurra com barriga”, mesmo com projeto

Tiago Mendes Dias
Sociedade \ quinta-feira, julho 06, 2023
© Direitos reservados
Bruno Fernandes, vereador da oposição, lamenta falta de política municipal para os animais. Vereadora Sofia Ferreira anuncia conclusão do projeto e quer vê-lo executado até ao fim do mandato.

O Centro de Recolha Oficial (CRO) de Guimarães é, para Bruno Fernandes, vereador da coligação Juntos por Guimarães (JpG), um problema que a Câmara Municipal continua a “empurrar com a barriga”, face à demora nas obras exigidas. “É lamentável que um município que ambiciona ser CVE continue a ter o seu canil e gatil lotado, sem tratar dos animais errantes, sem política para os direitos dos animais”, vincou. O vereador social-democrata lamentou ainda que qualquer projeto em Guimarães demore “quase uma década a ser concretizado”, com “prejuízos para os vimaranenses”.

Esse projeto já está concluído, porém. E a vereadora responsável pela infraestrutura garante que ele será executado até ao final do mandato, em 2025. A obra pode eventualmente começar no final de 2023 ou no início de 2024, mediante o andamento do concurso público. “Temos consciência da importância desta intervenção. A execução da obra será cumprida até ao final do mandato. Temos vindo, durante este período, a fazer um conjunto de intervenções para beneficiar estas instalações”, disse, à margem da reunião de Câmara desta quinta-feira.

A responsável vincou, aliás, que a elaboração do projeto esteve longe de ser simples. “Contrariamente ao que o PSD tentou passar, não foi um processo simples. O projeto de ampliação teve as suas complexidades. Foram ultrapassados todos os percalços em todo o processo. O projeto está finalmente concluído”, acrescenta.

As condições do CRO de Guimarães, na fronteira entre as freguesias de Aldão e de Atães, já mereceram críticas da Sociedade Protetora dos Animais de Guimarães (SPAG). Em abril de 2022, a associação lamentou a sobrelotação da infraestrutura, com boxes exíguas, húmidas e sem condições para albergar cães e gatos 24 sobre 24 horas. “Ao estarem fechados, muitos cães ficam com as orelhas extremamente secas. Depois, começam a abrir e ficam em carne viva. Outros exibem muita caspa. Uma pessoa passa a mão e não sai”, disse Cátia Martins, da SPAG, ao Jornal de Guimarães, em abril de 2022. Criticou também a falta de zona para banhos, o barulho recorrente, fonte de stress, e a falta de luz natural em corredores que parecem um presídio.

A elaboração do projeto estava já em curso. A veterinária municipal do CRO disse então ao Jornal de Guimarães que o CRO passaria a ser dotado de enfermaria e zona de recobro para cães, enfermaria para gatos, um acesso exclusivo ao exterior para gatos, um dog park em redor da infraestrutura, para qualquer pessoa passear os seus animais, e uma sala polivalente para “espécies não tão comuns”, já que o centro tem a missão de recolher “tudo o que está na via pública”.  

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