Custou, mas foi: Vitória mantém acesa luta pelo penta ao eliminar Sporting
A ambição do pentacampeonato continua a alumiar a época do Vitória SC: a equipa de Vítor Macedo está na final da Divisão A1 masculina após vencer o Sporting no terceiro e decisivo jogo por 14‐11.
A abertura e o encerramento da partida fizeram a diferença num embate onde a manobra ofensiva dos homens de touca branca emperrou. Os empates a seis golos no final do segundo período e a oito golos no final do terceiro demonstram os percalços do tetracampeão frente a um adversário que lutou com tudo o que tinha até ao fim, mas o seu rendimento ofensivo raramente esteve à altura do defensivo.
Sem margem de erro desde a derrota em Lisboa, os homens de Vítor Macedo protagonizaram uma entrada à altura do jogo decisivo pela frente: vencia por 4‐1, decorridos cinco minutos nas Piscinas Municipais de Guimarães. Os golos de Dumitru Sobetchi e Milan Kovacevic nos primeiros 75 segundos garantiram, pelo menos, que o Vitória nunca estivesse em desvantagem nos 32 minutos de jogo. Dumitru repetiu a dose a 03.07 minutos do final do primeiro período, fixando o 4‐1, resultado que aparentava mais três períodos de braçadas triunfais rumo à final.
Esse cenário foi pura ilusão, contudo. O Sporting apertou as marcações, e o Vitória começou a falhar os ataques; ora precipitava‐se na frente, ora tardava demasiado a rematar à baliza. A retaguarda continuava segura, mas a nula produção ofensiva teve custos. O Sporting igualou o marcador a quatro golos a 03.21 minutos do intervalo e, apesar de falhar a reviravolta, manteve‐se colado no marcador até ao final do terceiro período.
Os leões igualaram o marcador a seis golos no último lance do segundo quarto, num remate de longe, surpreendente, e fixaram o 8‐8 após estarem a perder por 8‐6, num lance em que o guarda‐redes Carlos Gomes pareceu algo supreendido pelo remate; o treinador Vítor Macedo substituiu‐o, aliás, por Pedro Camargo. Pelo meio, os homens de Guimarães acertaram por quatro vezes nos ferros.
À semelhança dos períodos anteriores, o Vitória entrou bem no derradeiro quarto, mas, dessa feita, para não mais travar no avanço rumo à final. A coluna de jogadores vitorianos encontrou finalmente brechas na defesa leonina, e o poderio de Salvador Lopes e Pedro Sousa no remate emergiu; com dois golos cada um, o Vitória disparou para os 12‐9, margem suficiente para gerir o encontro nos três minutos finais.
A equipa de Vítor Macedo vai reencontrar o suspeito do costume na final: o Fluvial também precisou de três jogos para eliminar o Paredes e regressar à final. Depois de perder o primeiro encontro, a formação portuense virou a eliminatória com dois triunfos arrancados a ferros, no desempate por grandes penalidades. O primeiro jogo está marcado para sábado, nas Piscinas Municipais de Guimarães.