De Guimarães para o mundo. O melhor da cutelaria tem excelência da Cutipol
Ao fino recorte estético e à validação pelo mercado internacional junta-se novamente a excelência. A Cutipol, empresa de cutelaria vimaranense sediada nas Taipas, foi distinguida como a melhor PME (Pequena e Média Empresa) do país no setor da metalomecânica e da metalurgia.
Esta não é a primeira vez que a empresa é galardoada, uma vez que em 2019 foi considerada a melhor PME do país. Mas, desta vez tem “um sabor especial”, segundo João Pedro Ribeiro, gestor de operações da Cutipol, que é ao mesmo tempo responsável pela estratégia digital da marca e neto do fundador da empresa. “É sempre gratificante e motivador obter o estatuto PME Excelência, principalmente num setor tão vasto e desenvolvido como este onde a Cutipol se insere”, refere João Pedro Ribeiro ao Jornal de Guimarães.
De entre mais de 15 mil empresas a Cutipol conseguiu tal feito numa fase de particular especificidade, face à pandemia. “Não sendo normalmente fácil obter o estatuto PME Excelência, gostávamos ainda de enfatizar tratar-se do exercício de contas do ano 2020. Um ano muito complicado para toda a população mundial, marcado pelo início da pandemia que ainda hoje nos atinge e que criou e continua a criar grandes constrangimentos e instabilidade nos mercados. À imagem de muitas outras empresas, este contexto obrigou a um esforço de adaptação adicional por parte de toda a equipa, momentos em que sentimos um verdadeiro sentimento de união”, aponta.
Empresa familiar “alinhada com os interesses da comunidade”
Desta distinção a administração da Cutipol retira três ilações. “Orgulho”, “responsabilidade” e “confirmação”. Não sendo fácil manter este estatuto, até porque o mesmo está dependente de vários fatores, o rumo está delineado. “Na Cutipol existe um orgulho no trabalho que se tem vindo a realizar e levamos a sério o compromisso que temos com os nossos clientes e toda a confiança que nos têm depositado. Receber mais uma distinção representa uma responsabilidade, mas acima de tudo representa a confirmação de que o trabalho desenvolvido é bem feito e a direção delineada pela organização é para continuar”, sustenta João Pedro Ribeiro.
A Cutipol tem neste momento 118 colaboradores e produz cerca de 357 mil peças por mês. Com seis décadas desde a sua fundação e sendo uma “empresa familiar”, os interesses da comunidade são essenciais: “A nossa visão nunca passará por uma maior rentabilidade no imediato, uma vez que privilegiámos a subsistência e mesmo crescimento sustentado no futuro, sendo assim muito importante a proteção da qualidade do produto. Penso que é importante reforçar este ponto aos leitores, pois é a forma de garantir que a Cutipol está completamente alinhada com os interesses da comunidade e do país: gerar mais e melhor emprego possibilitando estabilidade social; contribuir para a reputação da nossa vila como capital da produção em cutelaria, continuando assim a prestigiar a nível internacional o produto que se faz em Portugal”.
Com um volume de negócio de 13,9 milhões de euros, a grande missão da Cutipol, melhor PME nacional no setor da metalomecânica e da metalurgia, acredita ter “um longo caminho para continuar a percorrer nesta missão de produzir talheres com um design autêntico e diferenciado, alavancados nas técnicas artesanais na conceção de talheres”.