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De uma antiga têxtil nasceu o CAAA. Agora, acolhe “A cidade das Tecedeiras”

Pedro C. Esteves
Cultura \ sábado, setembro 24, 2022
© Direitos reservados
O CAAA "ocupa" a antiga fábrica Confil e alberga até final de outubro “A cidade das Tecedeiras”, de Carla Rebelo, uma exposição sobre o têxtil e os seus processos.

Carla Rebelo visitou uma fábrica que cria fio, outra que cria tecidos de malha e ainda uma que integra todo o processo da criação do tecido atéà confeção de roupa, incluindo o seu tingimento. Recolheu materiais, trabalhou-os, e o resultado está no Centro para os Assuntos da Arte e Arquitetura - CAAA. "A cidade das Tecedeiras" é uma artista a usar o têxtil para falar sobre o têxtil... num local que ocupa a antiga fábrica Confil.

O trabalho da artista que vive e trabalha em Lisboa faz uso da madeira, da sombra, do espelho e do universo têxtil. "A cidade das Tecedeiras" pode ser vista até ao final de outubro, com os trabalhos expostos a terem origem numa reflexão sobre a cultura têxtil em Guimarães, cidade onde a artista esteve em residência artística, em abril e, mais recentemente, em agosto. “Pela primeira vez Carla Rebelo realiza uma exposição sobre o têxtil e os seus processos”, escreve Sofia Ponte na folha de sala.

As obras que integram a exposição criam uma narrativa, com a instalação Uma Possível Pré-História do Tecido a mergulhar nas origens do tecido e uma primeira ideia de tessitura. “As fibras de origem vegetal, quase virgens, apresentam-se sob formas embrionárias que remetem para a sua essência, a Natureza. Para Rebelo é nestas fibras espontaneamente teci- das onde se encontra a origem do conceito do que nos veste”, refere a curadora Sofia Ponte.

No decorrer da residência artística, Carla Rebelo visitou algumas fábricas na zona industrial têxtil, a Casa da Memória, Citânia de Briteiros, centros de recursos e bibliotecas locais. Nesta pesquisa houve recolha fotográfica, gráfica, escrita, de sons e também de materiais a usar posteriormente nas várias peças a construir.

A exposição foi produzida e financiada pelo CAAA, com o apoio da Câmara Municipal de Guimarães, Direção-Geral das Artes e Ministério da Cultura

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