Desemprego no IEFP sobe pelo terceiro mês seguido. Cresceu 14% desde julho
Já são três os meses em que o número de cidadãos inscritos no Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP) de Guimarães sobe consecutivamente: depois do mínimo anual de julho – 4.958 inscritos –, a trajetória do desemprego local iniciou um percurso ascendente em agosto, que se estendeu nos dois meses seguintes. No final de outubro, estavam registados 5.646 cidadãos no centro de emprego de Guimarães, revela o documento do IEFP relativo ao desemprego por concelhos, lançado nesta segunda-feira; o número perfaz uma subida de 14% face ao de julho.
Esse número supera o de todos os meses de 2022, à exceção de janeiro, quando havia 6.057 inscritos. O registo precedeu o decréscimo do primeiro semestre, apenas interrompido pela subida no desemprego entre fevereiro e março – de 5.344 para 5.642 pessoas.
A tendência nacional é igualmente ascendente, embora a um ritmo mais lento: Portugal Continental atingiu um mínimo de 261.318 cidadãos em julho, antes das constantes subidas em agosto, setembro e outubro até aos 273.383 – o número de pessoas em busca de emprego via IEFP cresceu 4,6% entre 31 de julho e 31 de outubro.
Onda de desemprego é recente. E não procura emprego pela primeira vez
O aumento do número de inscritos no IEFP distribui-se por todas as idades e pelos vários níveis de escolaridade e provém, sobretudo, de cidadãos que se inscreveram nos últimos 12 meses. Entre julho e outubro, o número de inscritos ao longo do último ano cresceu 26%, dos 2.629 para 3.311. Já o desemprego de longa duração manteve-se estável nesse período – passou de 2.329 para 2.335.
A recente tendência verifica-se ainda em cidadãos previamente empregados. O número de pessoas em busca de um novo emprego subiu 12,3%, para as 5.183. A quantidade de pessoas em busca de novo emprego, menor em comparação, subiu 35,3% em termos relativos – o número de inscritos passou de 342, em julho, para 463, em outubro.
A subida do desemprego entre homens e mulheres assemelhou-se em termos absolutos, apesar de haver historicamente mais desemprego entre as mulheres. No género feminino, deu-se uma subida de 12,5%, dos 2.800 para os 3.214 cidadãos. No masculino, o aumento foi de 15,7%, dos 2.078 para os 2.405 inscritos.