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Vitória critica Disciplina da FPF por arquivamento do processo a Al Musrati

Redação
Desporto \ quarta-feira, maio 03, 2023
© Direitos reservados
Clube diz que o órgão não está a seguir o princípio da equidade após ter punido o vitoriano Miguel Maga com um jogo de castigo e ilibado o jogador do Sp. Braga, após que casos que crê semelhantes.

“A equidade é um dos princípios fundamentais da justiça e o Vitória SC observa, com preocupação, que o Conselho de Disciplina da FPF [Federação Portuguesa de Futebol] não está a segui-lo”, conclui a nota assinada por António Miguel Cardoso, na sequência do arquivamento do processo disciplinar a Al Musrati, médio do Sporting de Braga, aberto a 12 de abril.

A causa para esse processo foi uma queixa do emblema de Guimarães quanto ao comportamento do jogador no embate em que os vitorianos derrotaram os bracarenses por 2-1, para a 22.ª jornada da Liga Bwin, realizado a 27 de fevereiro de 2023. “O atleta do Braga acenou de forma clara com o dedo médio da mão direita em riste (fez o chamado “pirete”), em jeito de provocação, e semelhante ato tanto foi registado por dezenas de pessoas, como foi fotografado e gravado em vídeo”, lembra o Vitória no comunicado divulgado esta quarta-feira nas redes sociais.

A “indignação” do Vitória perante um arquivamento que classifica de “bizarro” deve-se ao facto de o lateral direito Miguel Maga “ter sido punido com um jogo de suspensão e uma multa precisamente por ter tido um suposto comportamento semelhante ao de Al Musrati frente ao Braga, na época passada; aconteceu no encontro da 21.ª jornada da Liga Bwin 2021/22, disputado a 05 de fevereiro de 2022, também no Estádio D. Afonso Henriques, com o mesmo resultado desta época: 2-1 para o Vitória.

Ao punir Miguel Maga, o Conselho de Disciplina da FPF precisou na altura que “havia sido o diretor de comunicação do Braga, Alexandre Carvalho, a ter reportado a situação na sala de organização de jogo, exibindo então uma imagem que comprovava a situação (igualmente partilhada nas redes sociais), o que levaria o delegado da Liga a registar a ocorrência no relatório”, salienta o presidente vitoriano, no comunicado. “Ou seja, dessa vez as imagens das redes sociais funcionaram como prova; desta vez, no caso do jogador Al Musrati, inspiram dúvidas. Em análogos exige-se igualdade proporcional”, defende António Miguel Cardoso.

O dirigente afirma ainda ter reagido com estupefação ao ver que o processo disciplinar a Al Musrati acabou arquivado “como corolário do princípio constitucional da presunção de inocência” por não se ter apurado “factualidade suscetível de preencher os elementos subjetivos e objetivos integrativos do ilícito disciplinar”.

“Infrações são infrações e o Conselho de Disciplina da Federação Portuguesa de Futebol deve agir em conformidade sempre que há denúncias (…), sabendo-se que é composto exclusivamente por licenciados em direito. São pessoas experientes e com formação académica adequada para sentenciar cada delito à luz do Regulamento Disciplinar da FPF e da LPFP e em função de provas (áudios, vídeos e fotografias) e de testemunhos credíveis disponíveis. Ora, o Vitória Sport Clube entende que esse procedimento não foi seguido em relação à denúncia” do comportamento de Al Musrati, frisa ainda a nota.

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